
Celulares intermediários: g1 testa 5 modelos com bom desempenho e custo-benefício
Os celulares da categoria dos intermediários lançados em 2025 lembram muito seus “primos” mais caros, com muitas funcionalidades integradas e a promessa de um preço menor (mas nem todos).
Eles rodam apps com inteligência artificial – já que vêm com o Gemini, do Google, pré-instalado, tiram boas fotos e, no geral, têm uma boa performance com grande duração da bateria.
O Guia de Compras testou 5 modelos com sistema Android. São eles:
Jovi V50 Lite (R$ 3.000)
Moto G86 (R$ 2.000)
Oppo Reno 13F (R$ 3.000)
Samsung Galaxy A56 (R$ 2.000)
Xiaomi Redmi Note 14 Pro (R$ 4.600)
Os valores foram consultados nas lojas da internet no meio de setembro.
Foram avaliados o design, o desempenho em tarefas cotidianas e em jogos, a duração da bateria e as câmeras dos celulares.
Veja os resultados a seguir e, ao final, a conclusão.
Jovi V50 Lite
Moto G86
Oppo Reno 13F
Samsung Galaxy A56
Xiaomi Redmi Note 14 Pro
Design
Vistos de frente, os celulares intermediários testados são bastante parecidos. Todos têm telas na faixa das 6,7 polegadas, com taxa de atualização de até 120Hz.
A taxa de atualização significa quantas vezes a tela “pisca” para trocar uma imagem e, quanto maior, mais rápido aparece a informação para quem está usando o aparelho. Isso é um diferencial na hora de ver vídeos e jogar.
Celulares intermediários vistos de frente: Jovi, Motorola, Oppo, Samsung e Xiaomi
Henrique Martin/g1
O Jovi V50 Lite, como o nome diz, é uma versão mais básica do Jovi V50 (veja o teste), com acabamento em plástico e câmeras ressaltadas na traseira.
O flash acende como um “ring light” para iluminar as fotos, como no outro modelo da marca.
O aparelho vem nas cores ouro ou preto. Conta com proteção IP65 contra água e poeira (saiba quais são as diferenças entre os tipos de proteção).
O Moto G86 segue uma proposta mais ousada, com uma espécie de couro falso na traseira e câmeras menos evidentes.
As bordas metálicas acompanham a cor do celular, disponível em grafite ou vermelho. A proteção é IP68 e IP69 (água, poeira e jatos de alta pressão).
O Oppo Reno 13F lembra muito o modelo mais avançado da marca, o Reno 13 (leia o teste).
A versão em preto é bastante tradicional, mas a na cor lavanda chama a atenção por ter um padrão no plástico, como se fosse uma flor rabiscada ou uma explosão.
Celulares intermediários vistos por trás: Jovi, Motorola, Oppo, Samsung e Xiaomi
Henrique Martin/g1
Como no Moto G86, a proteção é do tipo IP68 e IP69, com o diferencial de que a Oppo permite tirar fotos embaixo d’água, com algumas restrições (somente água doce, nada de mar ou piscina, a 2 metros de profundidade até 30 minutos).
A função subaquática da câmera funciona e utiliza vibrações para expelir a água quando a sessão de fotos acaba.
Com traseira em vidro e bordas em alumínio, o Samsung Galaxy A56 até parece o topo de linha Galaxy S25. Ele segue o mesmo padrão do irmão mais caro, com as câmeras alinhadas na traseira.
É o celular com mais opções de cores do teste, disponível em rosa, verde, preto e cinza. A proteção é do tipo IP67.
O Redmi Note 14 Pro, da Xiaomi, tem as bordas curvas, com a tela acompanhando a lateral do aparelho, que tem estrutura em alumínio.
É um diferencial aos demais, que seguem o padrão mais “chapado” dos smartphones.
Seu display é um pouquinho menor (6,67”) na comparação com os outros celulares do teste. Tem proteção do tipo IP68. As cores disponíveis são preto, roxo e verde.
Desempenho e bateria
As configurações dos cinco intermediários estão dentro do esperado para a categoria, com:
Processadores da Samsung (Galaxy A56), Qualcomm (Reno 13F) e MediaTek (Jovi, Motorola e Xiaomi), fabricados no processo de 4 nanômetros, com exceção do Jovi V50 Lite, feito em 6 nm. Para comparação, os topo de linha estão em 3 nanômetros; quanto menor o número, mais “poderoso” é o chip do celular.
8 ou 12 GB de RAM.
Armazenamento generoso, com 256 GB em todos os modelos.
Tanto o Motorola quanto o Xiaomi vêm com uma entrada para cartões de memória padrão microSD, algo raro de encontrar nos celulares em 2025.
Nos testes de desempenho (veja ao final como são feitos), os melhores resultados vieram do Moto G86, seguido por Galaxy A56 e Redmi Note 14 Pro (quase empatados) e Oppo Reno 13F.
Na avaliação de performance gráfica, que indica como o smartphone lida com gráficos como vídeos e games, o Galaxy A56 ficou na frente, seguido por Redmi Note 14 Pro, Moto G86 e Reno 13F.
O da Jovi ficou na última posição nos dois testes.
A duração da bateria variou bastante entre os celulares do teste por conta das distintas capacidades de cada um deles. O Jovi V50 Lite teve a maior duração (17h48) por conta da maior capacidade de bateria (6.500 mAh).
O aparelho foi seguido pelo Oppo Reno 13F (12h40 com 5.800 mAh de capacidade) e Galaxy A56 (12h30 com 5.000 mAh).
O Redmi Note 14 Pro atingiu 11h27, com bateria de 5.100 mAh. O último lugar do teste ficou com o Moto G86, com 9h32 e 5.200 mAh.
Vale ressaltar que a duração da bateria varia de acordo com o uso individual e não significa que será igual para todos.
No dia a dia, caso a bateria acabe antes do previsto, os smartphones avaliados vieram com carregadores rápidos.
O da Motorola é o mais “lento”, com 33W de potência. Oppo, Samsung e Xiaomi têm carregadores de 45W.
O da Jovi é de 90W e promete carregar a bateria de 0 a 100% em 52 minutos. Para comparação, o carregador padrão dos iPhones é de 20W.
Câmeras
Tirar fotos com celular intermediário em 2025 significa ter ótimas imagens.
Agradeça ao trabalho quase mágico que ocorre graças à interação entre os sensores da câmera, o processador do celular e um pouco de inteligência artificial.
Jovi V50 Lite, Moto G86, Oppo Reno 13F e Galaxy A56 têm um sensor principal de 50 megapixels. O Redmi Note 14 Pro, de 200 MP.
Os resultados são excelentes para todos – com pouquíssimas mudanças entre eles. Dá para notar mais mudanças no tom do céu, nas fotos a seguir.
Ou nas cores da orquídea:
Mas não muito nas cores dos gatos.
Além disso, todos têm uma grande angular de 8 MP – o Samsung tem 12 MP. Veja abaixo:
e
Os aparelhos da Oppo, Samsung e Xiaomi contam ainda com uma lente macro de 2 MP (5 MP no Samsung), para tirar fotos de detalhes.
Todos permitem dar um zoom, também com bons resultados.
Nas fotos feitas à noite, as diferenças aparecem bastante no equilíbrio de áreas escuras e claras. Os celulares da Jovi e da Samsung foram melhores nessa tarefa que os demais.
anões de Android e três natualizaç
As selfies também são de alta resolução: 32 megapixels no Jovi, Motorola e Oppo, 20 MP no Xiaomi e 12 MP no Samsung.
Conclusão
Todos os celulares testados têm um bom desempenho no geral e tiram ótimas fotos. A duração da bateria variou bastante na avaliação, mas não são aparelhos que vão deixar seus donos sem energia no meio do dia.
Na comparação pela melhor relação custo/benefício, o Moto G86 e o Samsung Galaxy A56, ambos na faixa de preço de R$ 2.000, são a melhor escolha.
Além do valor, ambos têm boas câmeras e um ótimo desempenho.
Na duração de bateria, o Jovi V50 Lite liderou com folga, com quase 18h de uso, seguido por Oppo, Samsung (ambos na faixa das 12h30) e Xiaomi (11h30). O Moto G86 teve a menor duração nos testes, com 9h32.
Mas o da Jovi foi mais lento que os demais no desempenho.
O tempo que a fabricante promete atualizar o sistema Android dos celulares é um ponto a levar em consideração na hora da compra.
Com mais tempo de atualizações, mais durável pode ser o aparelho.
O sistema, desenvolvido pelo Google, está hoje na versão 15, apesar de a versão 16 já estar disponível nos modelos mais caros, como os dobráveis.
A Jovi informa que o V50 Lite contará com duas atualizações de Android e três anos de atualizações de segurança.
No Oppo Reno 13F, serão seis anos de atualizações de segurança e cinco upgrades de Android.
A Samsung diz que o Galaxy A56 tem seis anos de atualizações de segurança e que o produto terá suporte para até seis gerações de upgrade do Android.
Para o Redmi Note 14 Pro, serão 3 atualizações de Android e quatro anos de updates de segurança.
Como foram feitos os testes
Os aparelhos foram emprestados pelas fabricantes e serão devolvidos.
Para os testes de desempenho, foram utilizados três aplicativos: PC Mark e 3D Mark, da UL Laboratories, e o GeekBench 6, da Primate Labs.
Eles simulam tarefas cotidianas dos smartphones, como processamento de imagens, edição de textos, duração de bateria e navegação na web, entre outros.
Esses testes rodam em várias plataformas – como Android, iOS, Windows e MacOS – e permitem comparar o desempenho entre elas, criando um padrão para essa comparação.
Para os testes de bateria, as telas dos smartphones foram calibradas para 70% de brilho, para poder rodar o PC Mark. Isso nem sempre é possível, já que nem todos os aparelhos permitem esse ajuste fino. Os testes foram feitos com as telas com taxa de atualização padrão (60 Hz).
A bateria foi carregada a 100% e o teste rodou por horas até chegar ao final da carga. Ao atingir 20% ou menos de carga, o teste é interrompido e mostra o quanto aquele smartphone pode ter de duração de bateria, em horas/minutos.
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