Chocolate com Pimenta irá banhar os espectadores com muito ganache a partir do próximo dia 26. Além da saga na fábrica de doces, o público acompanhará o romance açucarado entre Ana Francisca (Mariana Ximenes) e Danilo (Murilo Benício) enquanto ainda se despede das confusões de Catarina (Adriana Esteves). Na primeira semana, o folhetim deve dividir a faixa com a reta final de O Cravo e a Rosa.
A estratégia tem um objetivo claro: manter os bons índices de audiência conquistados com o casamento conturbado de Petruchio (Eduardo Moscovis). As novelas são muito semelhantes, afinal. Além de compartilharem o mesmo autor e uma áurea cômica, ambas são ambientadas na década de 1920, em uma cidade pequena e fofoqueira, com núcleos roceiros e boas doses de torta na cara –embora a estreante ganhe de lavada nesse último quesito.
O anúncio da estreia até gerou uma brincadeira com uma espécie de “faixa Walcyr Carrasco”, uma vez que dois folhetins do autor foram mostrados em sequência. A exibição de novelas após o Jornal Hoje também é uma novidade na programação da emissora neste ano. A ideia só foi mantida graças ao sucesso de O Cravo e a Rosa com o público da tarde. O mesmo que deve comprar a trajetória sofrida da protagonista de Mariana Ximenes.
Na trama, Ana Francisca se muda para a fictícia cidade de Ventura após perder o pai. Lá, ela conhece o mulherengo Danilo, por quem se apaixona perdidamente. O problema é que o riquinho já tinha um romance com Olga (Priscila Fantin), que ficará furiosa com a “substituição”.
Bárbara (Lilia Cabral), tia do rapaz, também não comprará o namoro com a pobretona. Juntas, as vilãs armarão um plano terrível para humilhar Aninha na noite de sua formatura. A essa altura, a ruiva já terá transado com Danilo e descobrirá estar grávida dele. Ainda assim, ela supõe que o jovem ajudou no plano contra ela, e, desesperada, decide abandonar tudo.
Porém, ela é salva por um anjo da guarda: o rico Ludovico (Ary Fontoura), que se finge de faxineiro para conhecer a índole dos funcionários de sua fábrica. Ele acabou conhecendo Aninha em uma dessas andanças, e eles formaram uma sólida amizade. Por isso, o idoso pede a moça em casamento e assume a paternidade da criança, sem exigir nada em troca.
Anos se passam. Após a morte do marido, a protagonista, milionária e poderosa, decide voltar para se vingar de todos que riram dela um dia –ao som de muitos “além do arco-íris” e com a ajuda da prima Márcia (Drica Moraes), uma fábrica de bordões em forma de gente.
A eterna dona do “eu sou chique, bem” mudou a carreira de Drica. Após o sucesso com a megera Violante de Xica da Silva (1996), também de Walcyr Carrasco, a “dona e proprietária de salão de beleza” era leve, divertida, cômica
“Eu só posso chegar à conclusão de que o Walcyr Carrasco é um gênio (risos). As novelas dele são realmente encantadoras, essas novelas mais antigas, mais brejeiras que ele fez realmente chegam muito perto do público”, declarou a atriz, em entrevista enviada à imprensa pela Globo.
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