Volta Redonda tem um campeão da velocidade


Daniel Mageste começou no kartódromo local e agora compete em pistas reais e virtuais

Mageste corre por Volta Redonda nas pistas reais e também nas virtuais – Foto: Divulgação

Volta Redonda – Muitos voltarredondenses sabem que a cidade é berço de craques do futebol, como Deley, Donizete e Cláudio Adão, do basquete, como Jorjão Maravilha, do handebol, como o saudoso Marcelão, e da natação, como Tiago Pereira. Mas outro dos esportes preferidos dos brasileiros – o automobilismo – também tem um representante local: Daniel Mageste, o piloto de Volta Redonda, já disputou diversas categorias importantes do esporte motor. Mesmo durante as restrições mais duras da pandemia, Mageste permaneceu em atividade, disputando provas oficiais em simuladores. Nesta entrevista exclusiva ao DIÁRIO DO VALE, Mageste fala de seu início no automobilismo, que foi no kartódromo local, de suas atividades atuais e de seus planos futuros.

DIÁRIO DO VALE – Muitos pilotos começam no automobilismo através do kart. Como foi o início da sua trajetória?
Daniel Mageste – Meus primeiros contatos com o kart não passaram de uma criança sonhando em pilotar aqueles “carrinhos de corrida”. Lembro que muito garoto, minha mãe me levou no kartódromo no aeroclube de Volta Redonda para assistir, e eu fiquei babando nas corridas de kart, que na época, era uma realidade totalmente distante da nossa.
Na adolescência, comecei a jogar os jogos de computador, e quando descobri que podia jogar pela internet, iniciei o que não fazia ideia na época: Minha carreira de Piloto! Comecei a disputar jogos de corrida online, os que já eram considerados simuladores. Ganhei muitos campeonatos em nível nacional, e aquela prática contínua amadureceu meu sonho de pilotar um carro de corrida de verdade. O Kart só veio na fase adulta, após a reforma e reinauguração do Kartódromo Internacional de Volta Redonda, onde passei um curto tempo na modalidade amadora antes de pular para o Kart de competição de maneira profissional. Minha trajetória foi muito difícil, pois além de trabalhar no emprego, buscava investimentos, apoios e patrocínios para que eu pudesse continuar competindo. Consegui por seis anos, e me consagrei Tricampeão Estadual de Kart no RJ!

DV – Como foi o apoio da população e dos empresários de Volta Redonda para sua carreira?
DM – Sempre tive muito apoio da família e dos amigos, bem como das pessoas que passaram a me conhecer pelos destaques no Kartismo e no Automobilismo, Real e Virtual (Simulador). Sempre fui muito abraçado neste sentido, muita torcida e muito engajamento da população! Daí um dos grandes motivos daquela campanha, “Piloto de Volta Redonda”.
Bati em dezenas de portas na cidade, falei com muita gente sobre o meu sonho, e apresentei incontáveis vezes os projetos de investimento para minha carreira de Piloto e contrapartidas. Infelizmente foram poucos que puderem apostar. Tive pequenos apoios e custeios de micro empresas/empresários locais, mas investir de maneira sólida em uma temporada, um campeonato, somente empresas de fora da casa o fizeram.
Felizmente, com muito trabalho e resiliência, consegui empresas de outros lugares para investir até que eu pudesse subir para o Automobilismo (do Kart para o Carro), onde um novo grande desafio começou, mas com cada vez mais e mais apoio da população.

DV – Que categorias você está disputando no momento?
DM – Minhas últimas corridas foram na Veloce Supercup e Formula Delta, onde também tivemos vitórias e outros destaques. Farei outras corridas nos próximos meses, e estamos decidindo qual será a categoria para dar foco, já planejando a disputa de um título em 2022. Mercedes Benz Challenge, Copa Shell HB20, ou mesmo um plano de correr com um Stock Car Light no Open Paulista de Automobilismo são grandes oportunidades!
Enquanto isso, tenho competido profissionalmente no Automobilismo Virtual, representando a equipe real da Stock Light e TCR South America, W2 ProGP, e atuado com Coach de alguns Pilotos em categorias relevantes.

DV – Além das pistas tradicionais, você tem disputado corridas virtuais, com bons resultados. Qual o nível de dificuldade de uma corrida virtual, comparado com uma convencional?
DM – O Simulador traz no ambiente virtual uma condição extremamente parecida com a corrida do ambiente real, sendo um dos únicos esportes em que o atleta realmente pode se preparar para um ambiente, treinando/competindo no outro. Cada um tem suas facilidades e dificuldades distintas. A principal diferença, que também é o ponto mais difícil no virtual, é a ausência de atuação da força da gravidade, o que faz o Piloto sentir menos as reações do carro. O positivo deste fato, é que ele precisa ter uma concentração impecável para aproveitar o melhor dos “inputs” que recebe de imagem, som, peso dos pedais e force feedback do volante (que simulam as reações do carro). Ser competitivo e vencer no Automobilismo Virtual algumas vezes é até mais difícil do que no real!

DV – Quais os próximos eventos de que você vai participar?
DM – Planejo estar nas próximas etapas da Copa Shell HB20 e GT Sprint Race como Coach, na Stock Light (junto com a Stock Car) e se possível na TCR South America trabalhando com a equipe. Contudo, desde o ano passado tenho dividido meu tempo atuando com uma Fintech de Soluções Financeiras que foi um dos meus patrocinadores, o Grupo Brasil Vale, o que significa que a qualquer momento, podemos anunciar grandes novidades! (rsrs)
No Automobilismo Virtual, tenho corridas quase toda semana, e estou divulgando as próximas nas minhas mídias sociais. Convido a todos para seguir @danielmageste82 e torcer!

 





Fonte: Diário do Vale