Fogo começou na tarde de segunda-feira e ainda não foi controlado. Grupamento de Proteção Ambiental e o Corpo de Bombeiros atuam para combater as chamas. Queimada atinge região de mata em Paraíba do Sul
Um incêndio florestal de grandes proporções está atingindo uma área de mata em Paraíba do Sul (RJ). As chamas começaram na tarde da última segunda-feira (9) e ainda não foram controladas.
Segundo a prefeitura, agentes do Grupamento de Proteção Ambiental seguem no local na manhã desta terça-feira (10) para combater o fogo.
Em vídeos de imagens áreas enviados para TV Rio Sul, é possível ver o fogo se alastrando por toda a área de mata e uma densa fumaça espalhada pelo local (veja acima).
Incêndio florestal atinge área de mata em Paraíba do Sul
Reprodução
Ainda de acordo com o poder público municipal, o Corpo de Bombeiros foi acionado e também atuou no combate. O g1 entrou em contato com a corporação e aguarda resposta.
Até a publicação desta reportagem, o incêndio não havia sido controlado e as causas do fogo eram desconhecidas.
Onde de calor e baixa umidade
Cidades do Sul do Rio e Costa Verde estão no radar do Inmet de grande perigo para queimadas
Divulgação/Inmet
Paraíba do Sul não está no radar do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) com relação aos perigos da onda de calor e a baixa umidade nesta terça-feira.
Mas, de acordo com dados divulgados pelo Inmet, 10 cidades do Sul e Costa Verde do Rio de Janeiro estão em uma área considerada de grande perigo para queimadas.
Os municípios que devem ficar em alerta são: Barra do Piraí (RJ), Barra Mansa (RJ), Itatiaia (RJ), Pinheiral (RJ), Piraí (RJ), Porto Real (RJ), Quatis (RJ), Resende (RJ), Valença (RJ) e Volta Redonda (RJ).
A umidade relativa do ar vai variar de 20 a 12% nesta terça-feira, das 12h às 19h, em: Itatiaia e Resende.
O Inmet reforça que a população siga algumas orientações como: beber bastante liquido, não realizar atividades físicas ao ar livre, evitar exposição ao sol nas horas mais quentes, usar protetor solar e umidificar o ambiente.
O alerta de grande perigo começou às 9h15 desta terça-feira e vai até as 23h59 de sexta-feira (13).
Brasil registra 68 mil focos de queimadas em agosto
Queimadas em Dumont, interior de SP, em 24 de agosto de 2024
Joel Silva/Reuters
As queimadas estão sendo problemas recorrentes em todo o país. Foram registrados 68.635 focos de queimadas em agosto, de acordo com dados do “Programa Queimadas”, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
É o pior resultado para o mês desde 2010, quando 90.444 focos ativos foram detectados pelo satélite de referência do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Considerando os dados históricos coletados pelo Inpe desde 1998, os números do governo federal colocam o período como o quinto pior mês de agosto no total de focos de queimadas para o Brasil.
A taxa também mais que dobrou na comparação com o ano passado, quando o país teve 28.056 focos no mesmo período.
A média de queimadas para o mês é de 46.529 focos. Já o mínimo de focos registrado pelo Inpe aconteceu em 2013, quando cerca de 21 mil foram contabilizados em todo o país.
Fumaça tóxica das queimadas é nociva para o organismo
Brasília amanhece coberta por fumaça
Reprodução/TV Globo
A fumaça das queimadas que tem encoberto cidades do Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país causa preocupação não só entre ambientalistas, mas também entre médicos e especialistas em saúde.
Isso porque ela é composta por gases tóxicos, como monóxido de carbono (CO) e material particulado fino (PM2.5), ou seja, partículas minúsculas que são suspensas no ar.
Todos esses componentes são altamente prejudiciais à nossa saúde, e podem agravar doenças respiratórias, como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), e aumentar o risco de doenças cardiovasculares.
Seguindo a mesma linha do alerta da especialista, um relatório inédito da Organização Meteorológica Mundial (OMM) sobre qualidade do ar, publicado nesta quinta-feira (5), destacou como toda essa exposição vem cada vez mais intensificando os riscos à saúde humana.
Segundo o estudo, que traz dados até 2023 e não cita o Brasil, as concentrações de PM2.5 no último ano foram influenciadas justamente por eventos extremos, como incêndios florestais, o que agravou a poluição em várias regiões, incluindo a América do Norte e a Índia.
Mas o que há de fato na fumaça dessas queimadas e por que ela é tão nociva para nosso organismo?
Em geral, essa mistura tóxica inclui os seguintes compostos:
Material particulado (PM2.5)
Monóxido de carbono (CO)
Compostos Orgânicos Voláteis (COVs)
Óxidos de nitrogênio (NOx) e ozônio
Metais pesados
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