Quatro novas mortes por dengue são confirmadas no Sul do Rio




Dois óbitos foram em Itatiaia e outros dois em Piraí. Número de mortes na região já chega a 22. Aedes aegypti é o transmissor da chikungunya, dengue, Zika e febre amarela
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Quatro novas mortes por dengue foram confirmadas na manhã desta quarta-feira (20) no Sul do Rio de Janeiro. Dois óbitos foram registrados em Itatiaia e outros dois em Piraí.
Segundo a prefeitura, em Itatiaia, a primeira morte foi no dia 12 de janeiro. A vítima é um idoso, de 77 anos. Ele chegou a ficar internado no Hospital Regional, em Volta Redonda, mas não resistiu e morreu.
Já a outra vítima é um jovem, de 25 anos. O óbito foi registrado no dia 11 de fevereiro em uma unidade de saúde de Rio das Ostras.
Até a publicação desta reportagem, a prefeitura de Piraí não tinha dado detalhes sobre as vítimas e quando os óbitos foram registrados.
O estado do Rio de Janeiro já soma um total de 48 mortes por dengue em 2024. Destes, três (todos de Barra do Piraí) ainda não foram contabilizados nos números oficiais da Secretaria Estadual de Saúde, mas foram confirmadas pela prefeitura.
No Sul do Rio e Costa Verde, o número de mortes pela doença já chega a 22. Confira:
Volta Redonda : 5
Resende: 4
Barra do Piraí: 4*
Itatiaia: 3
Piraí: 2
Angra dos Reis: 2
Paraty: 1
Três Rios: 1
*A segunda, terceira e quarta morte por dengue em Barra do Piraí já foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde, mas ainda não entrou na contagem do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Combate ao mosquito
As principais ações que podem ser feitas em casa semanalmente e duram menos de 10 minutos:
Remover os pratos dos vasos de planta;
Virar garrafas para baixo;
Guardar pneus em locais cobertos;
Limpar as calhas;
Amarrar bem os sacos de lixo;
Manter a caixa d’água tampada;
Esvaziar recipientes de degelo em geladeiras.
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O Brasil vive uma explosão de casos de dengue neste começo de 2024. Até 30 de janeiro, o Ministério da Saúde registrou 217.481 casos. No mesmo período de 2023, o país somava 65.366 — um aumento de 233%.
De acordo com o Ministério da Saúde, esse aumento se deve a fatores como a combinação entre calor excessivo e chuvas intensas (possíveis efeitos do El Niño) e ao ressurgimento recente dos sorotipos 3 e 4 do vírus da dengue no Brasil.
O que é a dengue?
A dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses. O vírus é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti e possui quatro sorotipos diferentes: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 — todos podem causar as diferentes formas da doença.
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.
Uma pessoa pode ter dengue até quatro vezes ao longo de sua vida. Isso ocorre porque ela pode ser infectada com aos quatro diferentes sorotipos do vírus. Uma vez exposta a um determinado sorotipo, após a remissão da doença, ela passa a ter imunidade para aquele sorotipo específico.
Principais sintomas
Nem sempre a infecção apresenta sintomas. O indivíduo pode ter uma dengue assintomática ou ter um quadro leve.
Mas é preciso ficar atento se a pessoa tiver febre alta (39ºC a 40ºC), de início repentino, acompanhada por pelo menos outros dois sintomas:
Dor de cabeça intensa
Dor atrás dos olhos
Dores musculares e articulares
Náusea e vômito
Manchas vermelhas no corpo
⚠️Atenção: o ministério alerta que é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados ao apresentar possíveis sintomas de dengue.
A forma grave é a que preocupa. Após o período febril, o indivíduo deve ficar atento aos sinais de alarme:
Dor abdominal intensa e contínua
Vômitos persistentes
Acúmulo de líquidos em cavidades corporais
Sangramento de mucosa
Hemorragias
Tratamento e diagnóstico
O diagnóstico da dengue é basicamente clínico — não existe a necessidade de realização de exames específicos. Também não existe um medicamento específico para doença. A dengue, na maioria dos casos leves, tem cura espontânea depois de 10 dias.
Para os casos leves com quadro sintomático recomenda-se:
Repouso relativo, enquanto durar a febre;
Estímulo à ingestão de líquidos;
Administração de paracetamol ou dipirona em caso de dor ou febre;
Não administração de ácido acetilsalicílico;
Recomendação ao paciente para que retorne imediatamente ao serviço de saúde, em caso de sinais de alarme.
“Os pacientes que apresentam sinais de alarme ou quadros graves da doença requerem internação para o manejo clínico adequado”, alerta o Ministério da Saúde.
Dengue: veja o que é a doença e quais são os seus sintomas
Arte g1/Dhara Assis
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