Polícia Federal faz operação para investigar corrupção na saúde pública na pandemia em Volta Redonda




Ação investiga desvios relacionados a um contrato de R$ 1,6 milhões, destinado a serviços emergenciais durante a pandemia da Covid-19 em 2020. Ao todo, 10 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos. PF faz operação para combater corrupção na saúde pública em Volta Redonda
Divulgação/Polícia Federal
A Polícia Federal está realizando na manhã desta terça-feira (26) uma operação que investiga corrupção na saúde pública durante a pandemia em Volta Redonda (RJ).
Segundo a PF, a ação, chamada de Operação Vírus, está investigando desvios relacionados a um contrato de R$ 1,6 milhões, destinado a serviços emergenciais durante a pandemia de Covid-19.
“Com o auxílio da Controladoria Geral da União, as investigações foram tendo desenvolvimento e foram descobertas diversas irregularidades, como por exemplo: a empresa contratada vinha sendo uma empresa de fachada porque ela existia juridicamente, mas ela não funcionava no local informado. Bem como, ela não possuía empregados e o sócio majoritário era uma pessoa que não tinha condições financeiras para a integralizar o capital social informado”, deu detalhes ao g1, o delegado da delegacia da Polícia Federal de Volta Redonda, Pedro Paulo Simão da Rocha.
Ao todo, 10 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em casas, empresas e escritórios ligados aos envolvidos no esquema.
Os endereços dos mandados são nos municípios de Volta Redonda, Rio de Janeiro (RJ), Rio Claro (RJ), Pinheiral (RJ), Barra do Piraí (RJ) e Paraíba do Sul (RJ).
Ainda de acordo com a Polícia Federal, as investigações começaram em 2020 após uma denúncia anônima informar irregularidades no processo de “dispensa de licitações relativo à contratação de serviços para instalação de equipamentos no hospital de campanha montado em Volta Redonda, para o tratamento de pacientes infectados pela Covid-19”.
“Dentre as fraudes investigadas, é possível destacar o superfaturamento na contratação dos referidos serviços; irregularidades na apresentação de documentos; direcionamento do objeto a ser contratado; conluio entre empresas, agentes políticos e servidores do município; empresas de fachada, entre outras”, informou a PF.
A partir da investigação desta terça-feira, a Polícia Federal pretende desarticular o grupo investigado e encontrar novos elementos de prova para esclarecer o caso.
Nesta manhã, durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão foram apreendidos nos endereços documentos, celulares, computadores e midías.
Os investigados podem responder por crimes licitatórios, associação criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. As penas variam de 2 a 12 anos de prisão.
PF faz operação para combater corrupção na saúde pública em Volta Redonda
Divulgação/PF
Siga o g1 no Instagram | Receba as notícias no WhatsApp
VÍDEOS: as notícias que foram ao ar na TV Rio Sul



G1 Sul e Costa Verde