Polícia Civil e MP divulgam balanço parcial de ‘Operação Futebol Clandestino’


Ronaldo Brito e Diogo Erthal falam sobre operação (Foto: Pollyanna Moura)

Sul Fluminense – Após se reunirem às 4h desta quarta-feira (23), na sede da 5ª DPA, no bairro Vila Mury, em Volta Redonda, centenas de agentes da Polícia Civil do estado, além de membros do Gaeco do Ministério Público (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado) e da SEAP (Secretaria de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro), se deslocaram para diversos municípios da região em busca de suspeitos de envolvimento com crime organizado ligado à uma facção criminosa.

Os agentes buscam cumprir 112 mandados de busca e apreensão, além de 87 mandados de prisão e cinco de apreensão de menores, durante ‘Operação Futebol Clandestino’.

De acordo com Ronaldo Aparecido Brito, que comanda a operação, ao todo, 36 pessoas foram presas nesta manhã. O delegado explicou que o levantamento total da operação será feito no final do dia e que as equipes seguem na busca de investigados. ”Nós temos um balanço de cerca de 36 presos. É uma operação que envolve cerca de 250 agentes de diversos departamentos da Polícia Civil, do MP e da SEAP. Também foi realizado o cumprimento de buscas em presídios do Estado do Rio. A operação está em andamento e, até o final do dia, vamos dar cumprimento aos mandados e às ordens para no final fazer um balaço geral”, explicou

Todos suspeitos foram encaminhados para o antigo quartel de Barra Mansa, no Centro, e posteriormente para 90ª DP (Barra Mansa).

Investigação

De acordo com o delegado de Barra Mansa, a Polícia Civil está, junto ao Ministério Público, colhendo dados de suspeitos há pelo menos 6 meses, através de investigação. ”A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, juntamente com o Ministério Público e o (Gaeco), realizou uma investigação por cerca de 6 meses, com diversas ferramentas e sigilo de dados, onde, ao final, foram identificados 87 traficantes que atuam em diversas cidades do Sul Fluminense. Esses traficantes integram uma facção criminosa e vêm se expandindo para municípios que circundam o estado. Também foram identificados adolescentes que participavam dessa associação criminosa e da mesma forma, o método de intimidação coletiva; com uso de armas de fogo”, disse o delegado.

Origem

O promotor de Justiça do Estado, Diogo Erthal, que segue ao lado de Ronaldo Brito nas investidas, relatou que a operação tem esse nome em alusão ao nome de um grupo de mensagens por aplicativo de celular, usado por criminosos, que, segundo as investigações, conversavam sobre o controle financeiro do tráfico, por área de atuação, além da logística de distribuição de drogas, armas e munições. ”Futebol Clandestino é um nos grupos o qual eles se comunicavam. Várias diligências foram implementadas pela Polícia Civil, onde um dos telefones foi apreendido. Com autorização judicial, o conteúdo foi extraído e foi possível verificar que um dos grupos continha esse nome”, explicou Erthal.

Municípios

Segundo a Polícia Civil, as investigações apontam que esses supostos traficantes estão espalhados pelas cidades de Barra Mansa, Volta Redonda, Resende, Porto Real, Quatis, Barra do Piraí, Angra dos Reis, Búzios e uma cidade do Estado de Minas Gerais, onde possui integrantes que atuam em todo o Estado do Rio de Janeiro e nas divisas com o estado.

Por Pollyanna Moura





Fonte: Diário do Vale