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Consumidor fluminense está menos otimista
Rio – O mais novo levantamento realizado pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ) com consumidores do estado do Rio mostra que o índice geral apresentou aumento em setembro, se comparado ao mês de agosto. Também foi observado um avanço no presente e estabilidade da situação do índice futuro, alavancado pela confiança na manutenção do emprego. Por outro lado, a confiança dos consumidores na melhora da economia do estado voltou a diminuir, ficando inferior aos meses de junho, julho e agosto, onde os percentuais se mantiveram em nível superior aos 40%.
Na pesquisa de setembro, a confiança em relação à retomada econômica do Rio de Janeiro caiu para 32,2%. Se comparado ao mês anterior, houve uma queda de 10,5 pontos percentuais. Desta forma, se confirma a análise do IFec RJ do mês passado, quando o instituto informou que, ao analisar o ritmo de juros atual e resiliência da inflação, os próximos meses não deveriam ser mais tão positivos quanto o esperado, embora exista ainda otimismo em relação ao final do ano, principalmente, se o ritmo da vacinação voltar a acelerar.
A sondagem também mostra que os fluminenses que estão com muito medo de perder o emprego nos próximos três meses manteve viés de queda: a redução foi de 8,1 pontos percentuais em setembro. Assim, 34,9% da população tem muito receio de perder o trabalho, frente a 43% no mês anterior. Em março desse ano, esse percentual alcançou sua maior alta dentro da série histórica, com 62,1%, se mantendo em 60,1% em abril. Já os entrevistados que estão com pouco medo de perder o emprego apresentou nova elevação em relação ao mês anterior, indo de 22,9% para 24,8%, o que confirma maior confiança na manutenção do trabalho. A pesquisa também registra que 40,4% dos fluminenses não estão com medo de perder sua ocupação. Em agosto, eram 34,1%.
Fluminenses menos confiantes na economia
De acordo com o levantamento do IFec RJ, a confiança dos consumidores fluminenses na economia do estado do Rio para os próximos três meses apresentou a segunda redução consecutiva em setembro. Questionados sobre as expectativas em relação à retomada da economia no próximo trimestre, a sondagem registrou queda no percentual de consumidores que estão confiantes ou muito confiantes, indo de 42,7% em agosto, para 32,2% no mês corrente. Por outro lado, 45,6% dos entrevistados estão pessimistas e muito pessimistas, mês anterior eram 36,6%: acréscimo de 9 pontos percentuais. Os entrevistados que acreditam que não haverá alteração apresentou leve aumento, atingindo 22,2% dos consultados frente a 20,7% anteriormente.
Com relação à confiança na economia nacional, cerca de 34,1% dos consumidores entrevistados se mostraram confiantes ou muito confiantes, proporção bem inferior ao constatado em agosto (45,8%), redução de 11,7 pontos percentuais. O indicador referente aos que estão pessimistas ou muito pessimistas também aumentou em relação ao mês anterior, indo de 36,6% para 46,8%.
Renda Familiar
A porcentagem de fluminenses que acreditam em algum tipo de redução da renda familiar no próximo trimestre apresentou elevação, indo de 26% para 28,3%. Em março esse percentual era de 60,8% dos entrevistados. O total dos que creem que a situação econômica de suas famílias continuará como está teve leve alta, indo de 45,8% para 46,6%. Os entrevistados que acreditam que a renda aumentará de alguma forma, sofreu nova retração, alcançando nesta pesquisa 25,2% dos consumidores, em agosto (28,2%), em julho (31,3%), junho (32,9%), maio (22,7%) e abril (15,1%).
Endividamento e Inadimplência
O total de fluminenses que se disseram endividados ou muito endividados apresentou nova redução, indo de 50% em agosto, para 45% em setembro. Os que se dizem pouco endividados apresentou leve queda, indo de 23,5% no mês anterior, para 22,5% na sondagem do mês corrente. Já o percentual de consumidores não endividados subiu de 26,5% para 32,6%.
A porcentagem de entrevistados inadimplentes ou com muitas restrições apresentou nova diminuição: de 34,9% para 29,6%. O índice de fluminenses pouco inadimplentes caiu de 19% para 17,9%. Já o número de cidadãos sem restrições teve nova alta: de 46,1% para 52,5%. Entre os que se declararam inadimplentes, o cartão de crédito segue na liderança (59,1%), seguido pelas contas de luz, gás, água, internet e telefone (41,7%), crédito pessoal (34,5%), pelo cheque especial (26,4%), além de IPTU (18%) e escolas, cursos e faculdades (17,7%).
Consumo de bens duráveis
Perguntados sobre os gastos com bens duráveis, no próximo trimestre, 27% dos consumidores afirmaram que devem aumentar esse tipo de consumo, em agosto eram 31,7%, queda de 4,7 pontos percentuais. Outros 34,3% responderam que vão diminuir esses gastos, no mês anterior foram 30,2%, aumento de 4,1 pontos percentuais. Já 38,6% responderam que irão mantiver esses gastos, na sondagem passada foram 38,1%.
Realizada em setembro, a pesquisa contou com a participação de 743 consumidores do estado do Rio de Janeiro e teve como objetivo entender quais as expectativas dos fluminenses com relação a retomada da economia do estado do Rio e brasileira, além da percepção sobre o desemprego e renda familiar, entre outros indicadores.
Fonte: Diário do Vale
