Defesa Civil de Volta Redonda deve contar com projeto de monitoramento de rios e sistema de drenagem urbana


Plano piloto é desenvolvido por startup da cidade que também propôs serviço para redução da perda de água pelo Saae-VR; ações não possuem custo ao município

Start up de Volta Redonda desenvolveu projeto-piloto para monitoramento de rios e sistema de drenagem urbana
Foto: Divulgação/Secom PMVR

Volta Redonda – Com a ideia de valorizar os talentos da cidade, estimulando o capital intelectual de Volta Redonda, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SMDET) intermediou nesta segunda-feira (20) a apresentação de um projeto-piloto para monitoramento de rios e sistema de drenagem urbana desenvolvido pela Embeddo, startup volta-redondense. A ferramenta promete auxiliar a Defesa Civil durante o período de Alerta de Verão, que vai do dia 1º de novembro a 31 de março – meses em que há o pico de chuvas. A apresentação contou com a participação do secretário da SMDET, Sérgio Sodré, o coordenador municipal da Defesa Civil, Rubens Siqueira, diretores da startup e representantes do Núcleo de Inovação e Tecnologia do Campus Volta Redonda do IFRJ (Instituto Federal do Rio de Janeiro).

Além deste projeto-piloto, a Embeddo estuda desenvolver um serviço experimental de tecnologia para redução da perda de água pelo Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) de Volta Redonda. As ações não trarão custo ao município.

“A ideia é trazer a ‘tecnologia das coisas’, ou seja, sensores inteligentes e conectividade para os itens usados no dia a dia e poder dar informação tanto para o Saae quanto para a Defesa Civil. Iremos ajudá-los a terem informações a qualquer momento, em qualquer lugar, para que as decisões possam ser tomadas antecipadamente”, explicou o CEO da Embeddo, Daniel Giacometti.

Ainda segundo Giacometti, a tecnologia para auxiliar a Defesa Civil de Volta Redonda surgiu da premissa de que o desenvolvimento de um sistema de monitoramento de rios e sistema de drenagem urbana seria um ganho tanto para a população quanto para a prefeitura. O objetivo é implementar antes do período de chuvas ainda este ano.

“Sabemos que alagamentos e cheias na época do verão são um problema crônico. E a SMDET levantou este ponto como sendo importante, porque atendia a necessidade da população e também por ser uma ação interessante de ser desenvolvida, e, depois ampliada”, explicou o representante da startup, completando: “No caso do Saae, eles têm um volume muito grande de perda de água, com vazamentos e furtos. A ideia é fazer o experimento piloto em um bairro, utilizando a tecnologia para diminuir esta perda. E assim reduzindo custos e ajudando também a população”.

A Embeddo utiliza serviços de tecnologia junto a empresas privadas como a MRS Logística, Ambev e Peugeot Citroën, seja para a prevenção de acidentes quanto na otimização do processo de produção.

O coordenador da Defesa Civil destacou que hoje o órgão conta com informações colhidas de forma manual por seus agentes ou instituições/empresas parceiras, e que a implantação de sistemas tecnológicos auxiliarão o trabalho, principalmente no período crítico que é o do Alerta de Verão.

“Estamos muito felizes, primeiro porque é uma iniciativa de jovens que estão dentro de Volta Redonda, através do IFRJ, promovendo esta integração. Isso para a Defesa Civil é um ganho muito grande, porque a nossa capacidade de resposta que já é boa vai ficar em padrão de excelência. Além dos mecanismos e dispositivos, vamos ter todo um sistema de suporte técnico. Este sistema de calibragem tem que ser preciso. Então ter uma ferramenta dessas, dentro da minha cidade, atendendo as necessidades da nossa população, facilita muito as ações da Defesa Civil na capacidade de resposta”, enfatizou Rubens.

Desenvolvendo e valorizando talentos
O secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Sérgio Sodré, lembrou que o prefeito Antonio Francisco Neto lhe deu o desafio de identificar talentos de Volta Redonda e valorizá-los; e é isso que ele tem buscado fazer.

“Este é um projeto inovador que poderá ser replicado, não é exclusivo para a Defesa Civil de Volta Redonda. Tem tudo para ser um case de sucesso e replicado no país inteiro. Isso motiva não só quem está estudando, mas também aos jovens que querem empreender, criar suas próprias startups. Mostra que é possível ter uma empresa de tecnologia e inovação a este nível, como é o caso da Embeddo”, finalizou Sodré.

 



Fonte: Diário do Vale