Equipes do Corpo de Bombeiros entraram, nesta quinta-feira (7), no sexto dia de buscas pelas quatro pessoas ainda desaparecidas: três na Ilha Grande, em Angra dos Reis, e uma na comunidade costeira de Ponta Negra, em Paraty.
Na Ilha Grande, Arlindo Azevedo Neto, de 80 anos, e os filhos, Yure, de 30 e poucos anos, e Erick de Azevedo, de quase 40 anos, estão desaparecidos. Eles viviam em uma casa que foi engolida pelo deslizamento na Praia de Itaguaçu.
Arlindo (esquerda), Erick (centro) e Yure (direita): os desaparecidos na Ilha Grande — Foto: Arquivo Pessoal
Arlindo (esquerda), Erick (centro) e Yure (direita): os desaparecidos na Ilha Grande — Foto: Arquivo Pessoal
Arlindo e os filhos alugavam casas e quartos para turistas em busca de tranquilidade na Ilha Grande — a praia é isolada e conhecida por ter pouco movimento e o mar calmo.
Na tarde de quarta-feira (6), uma máquina escavadeira chegou à Praia de Itaguaçu para auxiliar no trabalho de remoção de toneladas de pedras e lama que rolaram morro abaixo.
Máquina escavadeira chega à Ilha Grande para ajudar nas buscas por desaparecidos
Já na Ponta Negra, os bombeiros e toda a comunidade estão mobilizados nas buscas pela pequena Yasmin, de 8 anos.
Yasmin, conhecida na comunidade como “Dudu”, é filha de Lucimar de Jesus Campo, que morreu soterrada junto com os filhos. Apesar do corpo de Yasmin ainda não ter sido encontrado, a prefeitura de Paraty a considera como morta.
Yasmim, de 8 anos, filha de Lucimar — Foto: Reprodução/Redes sociais
Yasmim, de 8 anos, filha de Lucimar — Foto: Reprodução/Redes sociais
Um outro filho de Lucimar, de 12 anos, foi resgatado com vida e continua internado no Hospital de Saracuruna, em Duque de Caxias (RJ), desde domingo (3). Ele respira com ajuda de aparelhos. Segundo o boletim médico divulgado às 7h15 desta quinta, o quadro clínico do menino segue gravíssimo.
Novo deslizamento atinge casas em Angra dos Reis — Foto: Maria Mariana e Augusto Souza/TV Rio Sul
Novo deslizamento atinge casas em Angra dos Reis — Foto: Maria Mariana e Augusto Souza/TV Rio Sul
Desde sábado, quando ocorreram deslizamentos de terra em Angra dos Reis e Paraty, já são 18 mortes na Costa Verde do Rio. Em todo o estado, 20 óbitos foram causados pela chuva desde o começo de abril.
Em Angra, a prefeitura disse que foi a maior chuva da história da cidade. Foram registrados, em um período de 48h, 809 mm em Araçatiba, na Ilha Grande, e 694mm no bairro da Monsuaba, no continente.
Na Monsuaba, um deslizamento de terra atingiu casas e matou 11 pessoas soterradas. As buscas por lá foram encerradas na noite de segunda-feira (4), depois que os bombeiros encontraram o último corpo que ainda estava desaparecido.
Busca por desaparecidos no deslizamento de terra no bairro Monsuaba, em Angra dos Reis — Foto: Divulgação/Defesa Civil
Busca por desaparecidos no deslizamento de terra no bairro Monsuaba, em Angra dos Reis — Foto: Divulgação/Defesa Civil
Em Paraty, sete casas foram atingidas por um deslizamento de terra na comunidade caiçara de Ponta Negra. Por lá, dona Lucimar e seus seis filhos morreram soterrados. Ela e cinco filhos foram enterrados na tarde de terça-feira (5), no Cemitério Municipal de Paraty.
Tanto em Angra como em Paraty também foram registrados alagamentos. Muitas famílias tiveram que deixar suas casas e buscarem abrigos.
Buscas na Praia da Ponta Negra, em Paraty — Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros
Buscas na Praia da Ponta Negra, em Paraty — Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros
VÍDEOS: as notícias que foram ao ar na TV Rio Sul
Fonte: G1