Barra Mansa retoma ensino 100% presencial; veja como foi o primeiro dia | Sul do Rio e Costa Verde


Fila, burburinho, hora de rever os amigos e voltar à sala de aula. Foi assim a retomada do ensino 100% presencial nas escolas das redes municipais, estaduais e particulares de Barra Mansa (RJ) nesta segunda-feira (18).

Para muitos estudantes, este é mais um passo de uma caminhada que começou em março, quando houve a primeira flexibilização nas escolas da cidade.

“Barra Mansa tem um comitê com vários setores educacionais, que vêm planejando e organizando esse retorno. Esse retorno se deu em março, quando a pandemia veio melhorando gradativamente. Hoje, nós estamos na bandeira amarela, que permite esse retorno 100% presencial. Esse retorno sempre esteve condicionado à autorização dos pais”, disse a presidente do Conselho Municipal de Educação, Morgana Vieira.

O retorno 100% presencial ainda tem seus protocolos: aferição de temperatura, máscara obrigatória e o distanciamento social. Dos 18 mil alunos matriculados na rede municipal, aproximadamente 80% já estavam frequentando as escolas, no modo híbrido, divididos em grupos. Para quem está voltando nesta segunda, a ansiedade é do novo.

“A explicação dos professores vai ser diferente, porque você vai estar olhando cara a cara com ele. Vai ser um pouco melhor”, acredita o aluno do 9° ano do Centro Educacional Integrado Saturnina de Carvalho e Vieira da Silva (CEI), Luís Fernando Gusmão.

“Eu voltei para o presencial, porque eu acho que realmente os casos diminuíram. Eu tomei a primeira dose da vacina. Muitos amigos meus, eu não pude ter contato durante a pandemia. Realmente não tive esse contato. E agora, está podendo conversar com eles, pelo menos de longe, é bom também”, contou a estudante Bianca Ferreira.

Além dos protocolos de segurança, outro desafio neste retorno 100% presencial é recuperar o tempo perdido, de carga horária e do próprio conteúdo. Afinal, em 2020, as aulas no modo remoto só foram retomadas em outubro.

“Nós estamos num contínuo curricular 2020/2021, porque nós temos um déficit de carga horária em 2020, que nós conseguimos fechar o ano letivo. Ao final deste ano, em dezembro, o aluno terá frequentado dois anos de escolaridade”, completou Morgana Vieira.

Em uma escola, no Centro, são mais de 600 matriculados. A taxa de adesão nas turmas do ensino regular ao ensino híbrido estava em 70%, e esse reencontro de professores e alunos foi muito aguardado. A interação que conta e muito na hora de aprender.

“Ninguém substitui a falta do professor. Esse convívio social que o aluno tem. Porque o aluno, ele aprende com o professor, mas ele aprende muito com o outro também. Isso é inegável”, afirmou a diretora do CEI, Sandra Maria Eulália Cândido.

“Nada substitui uma escola, onde há um grupo de professores, outras crianças aprendendo também, o convívio social com essas crianças… Muito do que a gente aprende em escola, não são só competências cognitivas, é aprender conviver em sociedade”, disse a diretora do Centro de Excelência de Inovação em Políticas Educacionais da Fundação Getúlio Vargas, Cláudia Costin.

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Fonte: G1