Alunos de Arquitetura do UGB e do pré-vestibular do MEP visitam a Beira-Rio


Foto: Divulgação
Estudantes visitaram o Rio Paraíba do Sul e estudaram sua importância para Volta Redonda

Volta Redonda – Neste sábado (30), 40 estudantes do curso de arquitetura e urbanismo do UGB e do Pré-Vestibular Cidadão do MEP, orientados por professores, participaram de observações na Beira-Rio, em Volta Redonda. A atividade de campo faz parte do projeto ‘Um Olhar para o Rio Paraíba do Sul e descobertas’, desenvolvido pelas duas instituições de ensino.

— Devido ao tempo nublado, o percurso foi alterado. Iniciamos na Praça da Igreja Santo Antônio, bairro Niterói, lugar histórico de VR, e depois seguimos caminhando e observando os múltiplos cenários do rio Paraíba, pela da Beira Rio até o bairro Vila Mury —  Explicou Renata Fortini, arquiteta e professora do curso de arquitetura e urbanismo.

Os estudantes observaram e analisaram, durante o percurso de dois quilômetros, a mata ciliar, as estruturas das pontes, as construções, o esgoto in natura, tipo de árvores, a ciclovia, a curva do rio  e a sua  ‘geobiodiversidade’.

A futura urbanista Ana Leticia Ramos comentou o que experiência lhe trouxe novos olhares e atitudes para o Rio Paraíba do Sul.

– Acredito que  o olhar cidadão para rio é muito importante, a gente ter a visão do rio e a sua ligação com as pessoas faz a diferença. Como futura urbanista, compreender a relação, entender como ele(rio) se dá na cidade, como surgiu, se comporta é espetacular. O clima, as vegetações, as estruturas construídas, os resíduos… Provocam em nós olhar o rio como um ser vivo, e que precisa ser cuidado — disse.

— Estudo, conheço o rio, sei das suas potencialidades e das agressões a esse ser. No tempo em que trabalhei no Inea, já batia na questão das urgências no que diz respeito ao respeitar e cuidar do Rio Paraíba e seus afluentes: degradação, poluição, contaminações diversas, assoreamento, esgoto jogado na água que bebemos. Agora estamos aqui, a crise climática associada a outras crises, até civilizacional, exige que o cuidado começa agora, e já! Não podemos esperar mais. O rio não vai suportar e nem nós — disse Michel Bastos, biólogo e subcoordenador da Equipe Socioambiental do MEP, ao explicar para os estudantes aspectos relacionados à biodiversidade do rio.

 

A curva do rio e pedreira da Voldac

 

Já Mateus Henrique, o geólogo e membro da equipe do MEP, destacou a dinâmica do Rio Paraíba do Sul e como o mesmo se configurou mediante à geologia local, sendo um fator importante que originou o nome do município de Volta Redonda:

— Há uma dinâmica comportamental do rio a partir da geologia. A curva do rio, está ligada à geologia uma vez que as falhas e microfalhas existentes condicionaram a direção do Paraíba do Sul. Destaco a pedreira da Voldac por estar inserida nesse contexto, onde a sua localização está numa borda de falha que serve de anteparo para o Rio Paraíba do Sul, fazendo com que a curva final da “volta redonda” que o rio faz chegasse a quase 90°, mostrando que a geodiversidade vai além dos elementos geológicos presentes ali, mas sim tem um valor cultural associado, visto a  relação dessa curva com o nome da cidade. Tudo isto é muito importante trazer para o conhecimento das pessoas e incorporar tais espaços em suas vidas — explicou o geólogo.

 

Próximos passos

 

A professora Renata informou que os estudantes a partir da atividade, farão algumas entrevistas de campo e para concluir seus relatórios: “O próximo passo é dar seguimento com as entrevistas, inclusive com outros alunos do MEP, e assim fechar os relatórios e em junho realizarmos um seminário aberto a todos”, comentou Renata.

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Fonte: Diário do Vale