“Já que eles querem assim, ‘po’…a gente deu atenção, coisa que nenhum outro governo deu e eles estão entrando nessa onda de Inter TV?! Fazer o que, né? Vai ter que esperar, aguardar. Tá bom, meu amor?! Fica tranquila, fica com o coração em paz”, diz áudio enviado por aplicativo de mensagem.
A reportagem foi exibida pelo RJ1 no dia 4 de janeiro, dentro do quadro “Me Chama que eu Vou”. O vídeo mostrou a situação da Estrada do Arco-íris, que, mesmo estando praticamente ao lado da usina de asfalto, não tem nenhuma pavimentação, problema que já se arrasta há anos, segundo os moradores.
De acordo com a denúncia do parlamentar, no áudio, o vice-prefeito faz ameaças a comunidade. A notícia-crime encaminhada ao MP acusa o vice-prefeito de improbidade, prevaricação e advocacia administrativa.
“Tive acesso ao áudio, fui até o bairro, conversei com os moradores, constatei realmente o abandono, e resolvemos entrar com uma ação no Ministério Público”, disse o vereador Maicon Queiroz, acrescentando sobre o que é o crime de prevaricação:
“Quando a pessoa, por algum sentimento ou algo pessoal, deixa de fazer a sua função pública. No caso do vice-prefeito, deixou de fazer a melhoria na rua, o asfaltamento, deixou de fazer aquilo que era direito da população porque ele ficou com raiva”, explicou.
Na ocasião da reportagem da Inter TV sobre as condições da estrada, a Prefeitura não enviou resposta. Mas o áudio enviado revoltou os moradores.
“O povo tem direito. O povo vota, né! Na verdade, o político que é o nosso empregado. Ganham muito bem pra isso. Nós temos todo o direito de cobrar a hora que for preciso. Eles são eleitos para isso, pra trabalhar”, disse Américo Barros, eletricista.
“Se a gente não fizer a reportagem, mostra o que tá acontecendo aqui na nossa rua, isso aí nunca vai chegar ao fim”, enfatiza o aposentado, Wellington Santarén.
“Eu acho que eles não vão resolver é nada. Porque entra prefeito, sai prefeito e ninguém nunca fez nada”, ressalta José Godinho, aposentado.
A Prefeitura de Nova Friburgo respondeu, por meio de nota, que qualquer cidadão, inclusive o vereador, pode fazer uma representação ao Ministério Público com argumentos verídicos, ou não. A nota disse ainda que nem o município e nem o vice-prefeito foram notificados sobre qualquer ação desse tipo, e que se eventualmente o Ministério Público entender que cabe uma notificação, o município e o vice-prefeito adotarão as medidas cabíveis.
Fonte: G1