Setor de moda íntima protesta contra rodízio por CNPJs em Nova Friburgo, no RJ | Região Serrana


Empresários do setor de moda íntima de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, fizeram um ato simbólico e silencioso nesta terça-feira (20), na Praça Dermeval Barbosa Moreira, em frente ao Centro de Turismo, em protesto contra as medidas restritivas adotadas pelo município.

Desde o dia 9 de abril, as atividades econômicas em Nova Friburgo têm funcionando em esquema de rodízio de CNPJ, os estabelecimentos com documento com final ímpar funcionam em um dia e os com final par funcionam em outro. A medida vem sendo adotada pelo governo municipal durante a bandeira roxa, nível mais alto de restrições para conter o avanço da Covid-19.

Empresários do setor de moda íntima, assim como os do comércio em geral, são contrários ao sistema de rodízio por CNPJ. O caso foi parar na Justiça, que indeferiu a liminar e manteve o rodízio.

O ato ‘Costurando Esperança’ levou para a praça 897 cadeiras, representando o número de empresas formais do setor. Em cada cadeira foi colocada uma placa contendo um número fictício de CNPJ e outro número referente aos empregos que cada uma delas gera, direta ou indiretamente, totalizando em torno de 20 mil empregos diretos e mais de 18 mil empregos indiretos.

De acordo com o setor, de março de 2020, quando começou a pandemia no Brasil, até o momento, os empresários já conseguem contabilizar uma queda nas vendas à distância em torno de 40 a 50% e mais de 80% em vendas presenciais.

A sugestão do setor para reverter este cenário sem comprometer as ações de combate à Covid-19 é que as empresas voltem a funcionar de acordo com a capacidade de funcionários por metro quadrado e não por número de funcionários ou rodízio de CNPJ.

De acordo com os empresários, é que muitas das empresas do setor “estão localizadas em galpões amplos, que não comprometem a saúde dos seus colaboradores, que têm importância capital, pois sem eles não haverá mão de obra para produzir as peças já conhecidas nacionalmente”, alegou a organização do ato.

O G1 pediu um posicionamento da Prefeitura de Nova Friburgo sobre o assunto e aguarda o retorno.



Fonte: G1