Servidores de Petrópolis, agora, serão obrigados a realizar curso de primeiros-socorros | Região Serrana

A Prefeitura de Petrópolis regulamentou a lei que obriga a realização de curso de primeiros socorros para todos os servidores que trabalham com o público infantil. Conhecida como “Lei Lucas”, o conteúdo indica que os profissionais passem por uma capacitação que, no município, será ministrada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O decreto publicado em 30 de maio deste ano, vem depois da pequena Maria Thereza Vitorino Ribeiro, de um ano, falecer ao engasgar com um pedaço de maça, em um Centro de Educação Infantil (CEI) no dia 20 de maio.

A lei municipal que obriga o treinamento anual de primeiros-socorros para os servidores do quadro e a todos os que ingressarem no serviço público em Petrópolis já foi sancionada pelo prefeito Rubens Bomtempo. Segundo o governo municipal, a capacitação passará a ser exigida em concursos públicos e processos seletivos. Os estagiários aprovados recentemente já irão passar por esse processo já nos próximos dias. Esse treinamento também será feito em instituições do terceiro setor que lidam com crianças e adolescentes.

“Estamos garantindo mais uma camada de segurança tanto para os funcionários quanto para os cidadãos que são atendidos nas repartições municipais. Estamos atentos à necessidade cada vez maior de ampliar as medidas de primeiros-socorros dentro da administração”, disse o prefeito.

O curso de noções em primeiros socorros terá um treinamento de, no mínimo, quatro horas de duração, sendo duas horas de explanação teórica e duas horas de atividades práticas. O curso terá a supervisão da Secretaria de Saúde e será ministrado pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), além das demais instituições especializadas em práticas de auxílio imediato e emergencial à população.

Maria Thereza Vitorino Ribeiro, de 1 ano, não resistiu depois de se engasgar com fatia de maçã em cresce pública em Petrópolis — Foto: Reprodução Inter TV

Laudo da Polícia Civil indica morte por asfixia

Maria Thereza Vitorino Ribeiro, de um ano, morreu no dia 22 de maio em Petrópolis depois de se engasgar com uma fatia de maçã em uma creche da cidade, dois dias antes.

De acordo com a Prefeitura, profissionais da escola chegaram a levar a criança para a UPA, onde foi reanimada e intubada. Depois, a criança foi transferida para a internação do Hospital Alcides Carneiro, mas ela acabou não resistindo.

A menina estudava no Centro de Educação Infantil Carolina Amorim, no bairro Cascatinha, quando, por volta das 14h de sexta (20), segundo a unidade educacional, se engasgou ao ingerir uma fatia de maçã. De acordo com a Prefeitura, a unidade informou que ela foi imediatamente atendida pelos educadores.

A Polícia Civil está investigando as circunstâncias da morte. De acordo com a 105ª Delegacia de Polícia (Petrópolis), o laudo indicou que a causa da morte foi asfixia, por provável broncoaspiração. As investigações continuam para esclarecimento dos fatos.

A prefeitura abriu uma sindicância para apurar os procedimentos adotados pela equipe do CEI, que segue em andamento. Nesta segunda-feira (27), será finalizada a oitiva com funcionários do CEI Carolina Amorim. O procedimento administrativo aberto para a apuração do fato teve início logo após a morte da criança. “Determinei a abertura da sindicância, e esperamos que ela esteja concluída ainda na próxima semana. Precisamos de respostas. É difícil amenizar a dor dessa mãe e desse pai e esta é a melhor forma de respeitar a memória de Maria Thereza”, disse o prefeito Rubens Bomtempo, que informou também que “a Prefeitura segue prestando suporte para a família, que se mudou para o estado de Santa Catarina.”

Fonte: G1