Secretarias de Fazenda do RJ e de SP fazem operação contra fraude de R$ 600 milhões em impostos | Rio de Janeiro


As secretarias de Fazenda dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo fizeram nesta quarta-feira (24) uma operação conjunta contra um esquema que sonegou pelo menos R$ 600 milhões em ICMS, o imposto sobre circulação de produtos e serviços.

Segundo as investigações do Fisco paulista, empresas “noteiras” que atuavam em SP migraram para o Rio.

Essas firmas, a maioria fantasma, emitiram R$ 5,4 bilhões em notas fiscais “frias“ nos últimos 12 meses, afirmam os fiscais. Esse volume gerou o crédito de R$ 600 milhões em ICMS.

Auditores foram a endereços das empresas para verificar se existem ou não. São 66 alvos em 18 cidades fluminenses:

  • Campos dos Goytacazes
  • Duque de Caxias
  • Guapimirim
  • Itaperuna
  • Itatiaia
  • Japeri
  • Magé
  • Mendes
  • Paracambi
  • Pinheiral
  • Porciúncula
  • Rio de Janeiro
  • São Gonçalo
  • São João de Meriti
  • São José do Vale do Rio Preto
  • Saquarema
  • Tanguá
  • Três Rios

Em Xerém, em Caxias, na Baixada Fluminense, uma vila abandonada seria sede de uma firma que, segundo o Fisco, emitiu R$ 11 milhões em notas.

Em um dos locais vistoriados, em Botafogo, Zona Sul do Rio, o endereço comercial onde deveria funcionar uma empresa está vazio há pelo menos um ano e meio. Mesmo assim, esse suposto estabelecimento vem emitindo notas fiscais de operações que, na verdade, não acontecem.

“Com essa ação, estamos aumentando também a integração entre os Fiscos dos dois estados. A operação faz parte do programa ‘Na Mira da Receita Estadual’, criado para combater a concorrência desleal e a sonegação fiscal”, afirma Guilherme Mercês, secretário de Fazenda do Rio de Janeiro.

Já o secretário de Fazenda e Planejamento de São Paulo, Henrique Meirelles, destaca que a cooperação entre os físicos estaduais é essencial para combater esta modalidade de sonegação fiscal: “A troca de informações e a atuação conjunta viabilizam a atuação da fiscalização”.

Endereço vazio em Xerém onde, segundo as investigações, funcionaria empresa que enviou R$ 11 milhões em notas frias — Foto: Reprodução

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Fonte: G1