Prédio onde pavimento desabou em Nova Friburgo tem 5 andares a mais do que o previsto em projeto aprovado | Região Serrana


O prédio tem nove pavimentos e fica localizado em um bairro residencial em Conselheiro Paulino. Moradores de, ao menos, três imóveis precisaram sair de casa devido ao risco de novos desabados.

Nesta quarta, agentes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea) estiveram no local para fazer uma vistoria preliminar do imóvel.

“O que acontece é que parece que colapsou uma laje lá na cobertura, parece que tem um andar superior que foi construído num padrão diferente. […] Já solicitei à presidência do Crea que esteja emitindo um documento informando sobre a urgência da demolição do pavimento da cobertura por conta do risco de queda de novas partes que estão instáveis”, afirmou o engenheiro civil inspetor do Crea Friburgo, Luiz Claudio Pinheiro dos Santos.

Prédio onde pavimento desabou em Nova Friburgo tem 5 andares a mais do que o previsto em projeto aprovado — Foto: Ádison Ramos/Inter TV

“A gente pede que as pessoas denunciem porque obras como essa, além de atrapalhar a população, atrapalha os próprios profissionais”, alerta o engenheiro.

A Defesa Civil realizou uma vistoria do local na terça-feira e gerou uma série de notificações e exigências, incluindo a demolição imediata dos dois últimos andares irregulares, a ser executada por uma empresa especializada. Ainda segundo a Defesa Civil, também foi pedido um laudo técnico sobre a segurança da construção, com prazo imediato.

O proprietário do imóvel disse que vai seguir as determinações da Defesa Civil e que vai dar assistência às famílias de acordo com as determinações do poder público.

A Equipe do CRAS de Conselheiro Paulino esteve no local nesta quarta, coletando informações e também realizando o perfil socioeconômico de 3 das 4 famílias diretamente atingidas.

De acordo com a Prefeitura a fiscalização de obras realizadas na cidade acontece diariamente, mas o município não informou o número de vistorias realizadas e denúncias recebidas.



Fonte: G1