As mulheres têm cada vez mais conquistado seu espaço no campo e se tornado peça fundamental para a agricultura. Segundo dados da Emater-Rio, mais de 33 mil mulheres rurais no estado estão cadastradas pela empresa vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura.
Só no ano passado, seis mil produtoras foram atendidas em todo o território fluminense.
A diversificação e a expansão de algumas áreas nos últimos anos revelam o aumento da presença da mão-de-obra feminina, como no caso da floricultura. Dividindo a rotina com marido, irmã, filhos e nora, no sítio da família em Vargem Alta, em Nova Friburgo, na Região Serrana, a produtora Eunice Pacheco, de 45 anos, revela a satisfação de ser uma mulher que atua no agro.
“A nossa fonte de renda vem de todo o nosso esforço e dedicação na nossa plantação. Desde cedo trabalho na roça, casei e criei meus filhos no sítio, eu amo meu trabalho e tenho muito orgulho de ser mulher rural”, disse Eunice.
Eunice Pacheco e a filha Thalita no campo onde são produzidas as flores em Vargem Alta, em Nova Friburgo — Foto: Demostenes Ramos/Sec. de Agricultura do Estado do Rio Janeiro
Por conta da pandemia da Covid-19, as vendas de flores despencaram, e a família Pacheco precisou recorrer à plantação de legumes.
“Levamos um baque com a pandemia e, para garantir o nosso sustento, buscamos novas alternativas para enfrentar a crise”, complementou a agricultora.
Para o secretário de Estado de Agricultura, Marcelo Queiroz, o Dia Internacional da Mulher serve para reconhecer e ressaltar o trabalho e conquistas de todas as mulheres, principalmente no âmbito do agronegócio.
“É cada vez mais notório o protagonismo feminino na condução do negócio rural. Atualmente, temos um número bem expressivo na atuação de mulheres nesse segmento, isso é resultado de muita luta por mais visibilidade e valorização”, disse o secretário.
Cristina Salles alavancou seu empreendimento com a ajuda do Programa Prospera, linha de crédito do governo do estado do RJ — Foto: Demostenes Ramos/Sec. de Agricultura do Estado do Rio de Janeiro
Forte e determinada, a produtora Cristina Salles alavancou seu empreendimento com a ajuda do Programa Prosperar, linha de crédito do Governo do Estado. Empreendedora nata, Cristina possui uma agroindústria nos moldes de agricultura familiar, onde cultiva os mais variados vegetais e produz geleias artesanais.
“Trabalho de domingo a domingo com muito prazer, sou grata por ter a oportunidade de plantar no meu próprio sítio as coisas que produzo. Colher algo fresquinho, na horta, e ir direto para panela é espetacular. Apesar das dificuldades, eu amo ser produtora”, afirmou Cristina.
Adelaide Santos se destaca no agronegócio na Ilha de Guaratiba, no RJ — Foto: Demostenes Ramos/Sec. de Agricultura do Estado do Rio de Janeiro
A paixão por flores fez Adelaide Santos ser produtora. Há 32 anos trabalhando com plantas ornamentais e tropicais, em Ilha de Guaratiba, na Zona Oeste da capital, a paisagista e também bióloga oferece cursos neste segmento.
“Ser reconhecida pelo seu trabalho é incrível. As mulheres do agronegócio são guerreiras, trabalham de sol a sol”, concluiu Adelaide.
Fonte: G1
