Justiça mantém presa jovem que se apresentava como psicopedagoga em Nova Friburgo, no RJ | Região Serrana


A Justiça decidiu por manter presa a jovem de 21 anos suspeita de exercício ilegal da profissão. Maria Rita Daudt foi presa em flagrante, na última segunda-feira (18), em um consultório em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio. De acordo com a polícia, ela se apresentava como psicopedagoga.

A decisão da juíza Rachel Assad da Cunha foi proferida nesta quarta-feira (20), em audiência de custódia.

Além de exercer a profissão ilegalmente, segundo a polícia, a jovem também publicava fotos dos pacientes nas redes sociais, o que fere o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Jovem suspeita por exercício ilegal da profissão foi presa no local de trabalho nesta segunda (18) em Nova Friburgo, no RJ — Foto: Reprodução/Polícia Civil

Na fachada do consultório, em Conselheiro Paulino, um cartaz citava a série de serviços oferecidos no local. Entre eles: avaliação diagnóstica; estimulação cognitiva; consciência fonológica; interpretação de desenho infantil, entre outros.

Ainda segundo a polícia, a Maria Rita atendia crianças com deficiência. No cartaz, também havia a informação de que a jovem prestava serviços para quem tem dislexia, TDAH, síndrome de down, entre outros.

A jovem ainda utilizava as redes sociais para promover o trabalho. No perfil pessoal, ela afirmava ter licenciatura em pedagogia, bacharelado em psicopedagogia e ser pós graduanda em neuropsicopedagogia, alfabetização e letramento e psicomotricidade.

Cartaz lista série de serviços que eram oferecidos por mulher que se passava por psicopedagoga em Nova Friburgo, no RJ — Foto: Reprodução/Polícia Civil

Para a polícia, entretanto, Maria Rita afirmou estar no quarto período do curso de pedagogia.

De acordo com a Polícia Civil, já existiam dois registros contra a suspeita na delegacia e ela já havia sido ouvida, mas insistiu em continuar atendendo. Os agentes chegaram ao local na segunda, após receberem informações de que a jovem estava consultando.

“Em que pese o crime não envolver violência ou grave ameaça à pessoa, a conduta reveste-se de gravidade suficiente para demonstrar o flagrante risco à ordem pública com a liberdade da custodiada”, afirmou a juíza Rachel Assad da Cunha.

Em nota, a defesa de Maria Rita Daudt afirmou que “vai requerer ao juiz de Nova Friburgo, responsável pela condução do processo a partir de agora, o exame aprofundado das provas trazidas nos autos pela defesa”.

Isso porque, segundo a defesa, as provas “não foram analisadas de forma razoável e proporcional pela juíza de custódia, que se pautou em um subjetivismo e não na lei, já que Maria Rita preenche os requistos para responder o processo em liberdade, por ser primária, possui residência fixa e bons antecedentes”, finalizou.



Fonte: G1