Julgamento de homem que ateou fogo em porteiro começa nesta sexta; ‘só espero que ele pague pelo que fez’, diz vítima | Região Serrana


“Difícil falar sobre o Marcelo, só quero que ele pague pelo que fez”, afirmou Jefferson em entrevista ao G1, nesta quinta-feira (28).

Homem joga gasolina e coloca fogo no rosto de porteiro em Teresópolis; IMAGENS FORTES

Homem joga gasolina e coloca fogo no rosto de porteiro em Teresópolis; IMAGENS FORTES

Ao todo, 15 jurados participam da sessão do júri, que será presidida pelo juiz da Vara Criminal de Teresópolis, Orlando Eliazaro Feitosa.

O crime foi registrado pelas câmeras de segurança do conjunto habitacional Fazenda Ermitage.

Porteiro estava trabalhando em Teresópolis, RJ, quando foi surpreendido pelo agressor — Foto: Divulgação/Polícia Militar

Dois dias após o crime, Marcelo se entregou à polícia e confessou ter ateado fogo no porteiro. Segundo a 110º DP de Teresópolis, na ocasião, Marcelo disse que cometeu o crime por ciúmes da companheira. Ele acreditava que ela estava tendo um caso com Jefferson.

Juiz nega pedido da defesa

Ainda neste mês de janeiro, o juiz negou um pedido da defesa para que o réu passasse por uma avaliação de sanidade mental.

“Mantenho a decisão que indeferiu a instauração de incidente de insanidade mental do acusado, uma vez que nenhum requerimento feito neste sentido nos autos veio instruído com informações mínimas a respeito dos indícios de que o acusado possa ser portador de qualquer transtorno ou doença mental.” disse o juiz na decisão.

Mais de 2 meses de internação

Jefferson ficou com 60% do corpo queimado. — Foto: Arquivo pessoal

Jefferson ficou com 60% do corpo queimado. Ele foi levado para o Hospital Estadual Vereador Melchiades Calazans, em Nilópolis, no Rio de Janeiro, e ficou 70 dias internado, 28 deles em coma.

“Meu maior sonho é ser feliz ao lado da minha família e voltar a ter uma vida normal como a que eu tinha. Sinto falta de jogar bola com meus amigos e malhar. Futebol sempre foi minha paixão”.

Jefferson Quintanilha teve 60% do corpo queimados, segundo informou o Hospital das Clínicas de Teresópolis — Foto: Polícia Militar | Divulgação

Jefferson precisa ainda fazer outras cirurgias, no tórax e nos braços, que ainda estão comprometidos. Ele perdeu uma orelha e uma parte da outra.

Jefferson estará no julgamento nesta sexta, acompanhado da mãe, que apagou as chamas do corpo do filho, da irmã e uma tia, além de outros amigos.

Segundo Jefferson, hoje ele sonha em ser feliz ao lado da família e voltar a ter uma vida normal. — Foto: Foto: Arquivo da família

“A família foi queimada junto com ele, nossas cicatrizes não são visíveis, mas de tempos em tempos elas doem, por que lembramos da difícil caminhada até aqui e da incerteza de um dia não ter ele junto a nós! Queremos justiça!”, diz uma mensagem compartilhada por familiares da vítima.

O G1 entrou em contato com a defesa do réu e aguarda retorno.

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Fonte: G1