Hospital em Petrópolis, RJ, comemora a milésima alta de paciente com Covid-19 | Região Serrana


Depois de cinco dias longe da família, lutando pela vida contra o vírus da Covid-19, Verônica Aparecida Medeiros Marvila, de 40 anos, foi a milésima paciente a receber alta no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio.

A marca foi conquistada nesta terça-feira (11) na véspera do Dia Internacional da Enfermagem. Médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem da unidade celebraram mais uma vitória que, segundo eles, chegou como um presente para os profissionais que se dedicam a salvar vidas e tiram dessas vitórias a força que precisam para continuarem atuando.

“Essa alta traz para nós fé e otimismo em dias melhores. O cenário ainda é preocupante, mas temos nos sentido cada vez mais seguros graças ao avanço da vacinação. Ainda temos uma longa batalha pela frente, por isso, é muito importante que a população – mesmo os já vacinados – continue tomando todos os cuidados e evitando, principalmente, os eventos familiares”, comentou a médica Alice Soares, que atua no combate ao coronavírus desde o início da pandemia.

O diretor executivo do Hospital Santa Teresa, o médico Leonardo Menezes, lembrou dos desafios encontrados desde a chegada do primeiro paciente, em março de 2020.

“Este foi um período de muito aprendizado para toda a equipe. Tivemos que lidar com uma doença desconhecida que exigiu muito preparo técnico e emocional, além de protocolos rígidos de segurança. A milésima alta é resultado de um esforço coletivo por salvar vidas. Tenho muito a agradecer a toda a equipe de profissionais do hospital pela dedicação aos pacientes, que tem garantido uma alta taxa de desfechos positivos”, disse o diretor.

Apesar da pouca idade, o quadro de diabetes foi o que mais preocupou Verônica que teve entre 25 e 50% do pulmão comprometido pela Covid-19.

“Sempre morri de medo de pegar e achei que não fosse resistir”, declarou a vendedora que perdeu vários amigos para a Covid-19. “No primeiro dia, senti muita falta de ar e tosse. O tratamento que tive aqui foi muito bom, desde a equipe da limpeza até os médicos. A alta está sendo uma benção, um presente”, contou Verônica.

Distantes das famílias e convivendo com o medo e o desenvolvimento da doença, esses pacientes foram acolhidos por uma equipe capacitada que tornou os corredores frios do hospital aquecidos pelo carinho. A dedicação e a união dos profissionais garantiram um acolhimento especial também às famílias.

Para os familiares de pacientes das Unidades de Terapia Intensiva, impossibilitados de realizar visitas presenciais, o contato foi feito pela equipe de psicólogas por meio de visitas virtuais, em chamadas de vídeo.

“Essa foi a maneira que encontramos de amparar os familiares e mantê-los perto dos pacientes. As chamadas de vídeo sem dúvida fizeram a diferença para todos, inclusive para nós que testemunhamos demonstrações de amor e fé”, comentou a coordenadora da equipe de psicologia, Jociane Gatto Justen Coutinho, explicando que as ligações são realizadas todos os dias.



Fonte: G1