Por sete votos a zero, o júri decidiu pela condenação de Marcelo Cavalcanti. A decisão cabe recurso e a defesa disse que vai recorrer.
O julgamento começou às 13h e terminou por volta das 20h.
Juiz nega pedido da defesa
Ainda neste mês de janeiro, o juiz negou um pedido da defesa para que o réu passasse por uma avaliação de sanidade mental.
“Mantenho a decisão que indeferiu a instauração de incidente de insanidade mental do acusado, uma vez que nenhum requerimento feito neste sentido nos autos veio instruído com informações mínimas a respeito dos indícios de que o acusado possa ser portador de qualquer transtorno ou doença mental.” disse o juiz na decisão.
Porteiro estava trabalhando em Teresópolis, RJ, quando foi surpreendido pelo agressor — Foto: Divulgação/Polícia Militar
O crime aconteceu na portaria do condomínio Hermitage, em 19 de junho de 2018. Câmeras de segurança registraram a ação e mostram quando Marcelo jogou gasolina, acendeu um isqueiro e ateou fogo contra o porteiro Jefferson Quintanilha de Souza, na época com 23 anos de idade.
Jefferson sobreviveu e precisou passar por diversos procedimentos para se recuperar. Ele fez cirurgias nos braços, perdeu uma orelha e parte da outra.
Dois dias após o crime, Marcelo se entregou à polícia e confessou ter ateado fogo no porteiro. Segundo a 110º DP de Teresópolis, na ocasião, Marcelo disse que cometeu o crime por ciúmes da companheira. Ele acreditava que ela estava tendo um caso com Jefferson.
Jefferson Quintanilha teve 60% do corpo queimados — Foto: Polícia Militar | Divulgação
Jefferson ficou com 60% do corpo queimado. Ele foi levado para o Hospital Estadual Vereador Melchiades Calazans, em Nilópolis, no Rio de Janeiro, e ficou 70 dias internado, 28 deles em coma.
“Meu maior sonho é ser feliz ao lado da minha família e voltar a ter uma vida normal como a que eu tinha. Sinto falta de jogar bola com meus amigos e malhar. Futebol sempre foi minha paixão”, disse a vítima.
Fonte: G1