Ex-ministro de Bolsonaro, Bebianno morre no RJ




Gustavo Bebianno era pré-candidato a prefeito do Rio. Ele tinha 56 anos e passou mal na madrugada deste sábado. Morre Gustavo Bebiano, ex-secretário-geral da presidência
O ex-ministro de Jair Bolsonaro e pré-candidato a prefeito do Rio, Gustavo Bebianno, morreu na manhã deste sábado (14) em Teresópolis, Região Serrana do Rio, após um infarto.
Bebianno, de 56 anos, estava em seu sítio, com seu filho. Ele passou mal e sofreu uma queda. Morreu logo após ser levado a um hospital. A morte foi confirmada pelo amigo e presidente estadual do PSDB, Paulo Marinho.
“A cidade do Rio perdeu um candidato que iria enriquecer o debate eleitoral, e eu perdi um irmão”, afirmou Marinho.
Familiares e amigos do ex-ministro Gustavo Bebianno no IML de Teresópolis, para onde corpo foi encaminhado neste sábado
Marcelo Santos/Inter TV RJ
O corpo de Bebianno foi encaminhado para o Instituto Médico Legal de Teresópolis. Segundo o delegado Vinícius Galhardo, a equipe médica decidiu encaminhar o corpo para a necrópsia devido ao ferimento no rosto provocado pela queda no banheiro.
“Num procedimento desse, o corpo seria liberado no próprio hospital. O problema é que, como ele estava com uma lesão no rosto, por conta do tombo, o médico ligou para a delegacia e sugeriu a remoção para o IML. Isso é mais do que comum. Para evitar qualquer questionamento, eu determinei a remoção para que fossem feitos os exames e sanar qualquer tipo de dúvida. O exame já foi feito. O laudo apontou infarto fulminante”, afirmou o delegado.
VEJA A REPERCUSSÃO
No último dia 5, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou a pré-candidatura de Gustavo Bebianno à Prefeitura do Rio de Janeiro. Segundo o partido, o lançamento oficial da candidatura seria em 4 de abril, na capital fluminense.
Além de líder do PSL, Bebianno ocupou a Secretaria-Geral da Presidência durante um mês e 18 dias. Ele foi o pivô da primeira crise política do governo Bolsonaro, gerada pela suspeita de que o PSL fez uso de candidatura “laranja” nas eleições de 2018 para desviar verbas públicas. Ele sempre negou irregularidades.
O ex-ministro afirmou na época que foi demitido do cargo pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho de Jair Bolsonaro. Ele disse ter “amor” e “afeto” pelo presidente e declarou não ter dúvida de que o governo Bolsonaro “será um sucesso”.
Bebianno era o presidente nacional do PSL durante a corrida presidencial. Foi uma das figuras mais próximas ao presidente durante a campanha e atuou como um dos conselheiros do então candidato na disputa.
Advogado de formação e faixa-preta em jiu-jitsu, Bebianno conheceu Bolsonaro em 2017, quando o presidente ainda era deputado. Nessa época, ele se ofereceu para atuar em processos judiciais de Bolsonaro de graça.
O ex-ministro Gustavo Bebianno, em foto de outubro de 2018
Wilton Junior/Estadão Conteúdo
Bebianno ganhou a confiança de Bolsonaro a ponto de dirigir o partido durante a eleição e de acompanhar de perto a recuperação do então candidato após o episódio da facada. Bebianno também foi um dos primeiros ministros anunciados pela gestão Bolsonaro.
Nas redes sociais, o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes lamentou o morte de Bebianno. “Lamento o falecimento de Gustavo Bebianno. Nos últimos meses vínhamos conversando muito sobre o Rio e aquilo que nos unia: o grande amor a essa cidade. Especialmente a sua família e seus companheiros de PSDB, manifesto o meu mais profundo pesar”.
Cronologia da crise
Arte/G1
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Fonte: G1