Estilista dá dicas para produção de máscaras feitas à mão | Renova Friburgo


As máscaras viraram acessórios indispensáveis para o dia a dia neste ano devido à pandemia do novo coronavírus. Segundo orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), é uma das alternativas para evitar o contágio pela doença. E as mais adotadas pelos brasileiros têm sido as máscaras de tecidos, que podem ser reutilizadas.

Para facilitar a vida de quem produz esse acessório tão precioso nos dias atuais, a estilista Silvia de Oliveira, da Retalhos Carioca, deu dicas para produção de máscaras feitas à mão, sem a necessidade de ter um maquinário específico e dando oportunidade para que qualquer pessoa possa fazer. A sugestão dela é de que as peças sejam feitas com retalhos, contribuindo também para a sustentabilidade.

Máscaras são feitas sem uso de máquina — Foto: Arquivo Retalhos Carioca

Para começar, deve-se ter a mão tesoura, agulha, linha e retalhos. Os moldes podem ser feitos com papel e devem ter 18 cm de altura e 26 cm de largura.

Após fazer o molde, a próxima etapa é o corte do tecido. Segundo Silvia, se a malha for muito fina, deve-se usar duas camadas. O recorte é feito no formato de um retângulo.

A primeira etapa é cortar o tecido no formato de um retângulo — Foto: Arquivo Retalhos Carioca

Já para fazer a parte que prende na orelha, a estilista indica que seja feito um corte, na distância de 1 cm das laterais, de 12 cm (do centro para as extremidades do retângulo). O tecido também pode ser dobrado na horizontal onde será feito o corte de 6 cm da dobra para as extremidades.

Corte para pendurar a máscara na orelha é feito após dobrar o retângulo — Foto: Arquivo Retalhos Carioca

Depois disso é necessário fazer uma dobra de 0,5 cm e um arremate no início da costura. Em seguida é feito um alinhavo de um lado até o outro na vertical. No fim da costura é feito outro arremate. O mesmo é feito do outro lado. Quando terminar o arremate, a máscara está pronta e já pode ser usada.

Para fazer o franzido da máscara deve-se alinhavá-la de um lado a outro na vertical e em ambos os lados — Foto: Arquivo Retalhos Carioca

Segundo Silvia, esses modelos de máscaras podem ser comercializados a R$ 3 cada um.

Moradora da comunidade da Barreira do Vasco, no Rio, Silvia recebe retalhos de cerca de 300 confecções de São Cristóvão. Com o material, ela cria novos produtos que são vendidos pela internet e antes da pandemia também eram comercializados em feiras no Rio.

Ela também oferece oficinas para mulheres que querem aprender as noções básicas de costura e chegou a participar de eventos do Projeto Renova, em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio.

“Sempre vivi no meio dos tecidos porque via minha mãe costurando. Quando cursei a faculdade de moda já foi com o objetivo de empoderar mulheres. E assim acabei batendo de porta em porta nas confecções em busca dos retalhos para usar nas oficinas de capacitação”, contou.

Além dos tecidos, ela também cria produtos com reaproveitamento de garrafas pets e lonas de propaganda.



Fonte: G1