A exposição “Parque de Esculturas no Jardim de Glaziou” vai ser inaugurada neste domingo (30) na espaço Casa de Petrópolis, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio. A mostra gratuita vai reunir obras de 26 artistas da cidade imperial e do Rio de Janeiro e poderá ser visitada até o dia 31 de julho, das 10h às 16h.
Jardins da Casa de Petrópolis vão receber exposição de esculturas a partir deste domingo (30) — Foto: Mariana Rocha
As esculturas serão expostas ao livre em um dos jardins projetados pelo maior paisagista do período imperial, o francês Auguste François Marie Glaziou. Os visitantes poderão contemplar esculturas contemporâneas em meio às mais variadas espécies de plantas e do lago que compõem a paisagem da Casa de Petrópolis, patrimônio histórico tombado, que também é conhecida como Mansão de Tavares da Guerra.
Sob curadoria de Marcelo Lago, o objetivo da exposição é proporcionar, de forma segura, uma experiência de intensidade plástica a céu aberto, numa atmosfera de cruzamentos espaço-temporais entre o Jardim Glaziou dos séculos XIX e XXI.
Obra ‘Baile Azul’ de Gardênia Garcia, na exposição que será inaugurada neste domingo (30) na Casa de Petrópolis — Foto: Mariana Rocha
A mostra teve sua primeira edição realizada no ano 2000 e, neste ano, é viabilizada com recursos do Governo Federal, do Governo do Estado do Rio de Janeiro e da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Lei Aldir Blanc, é uma forma de celebrar a escultura como uma das manifestações artísticas mais cultuadas ao redor do mundo.
“Para esta segunda edição, convidei artistas do Rio e de Petrópolis. A escolha partiu da premissa de conhecer, de perto, o processo criativo de todos, alguns com suas poéticas definidas e que já fazem parte da história das artes plásticas do Brasil, e outros mais jovens, mas com trabalhos potentes e significativos. O que une esses artistas não são só questões que envolvem historicamente as três dimensões, da ocupação do espaço às suas nuances de fatura e escala, mas as relações que seus trabalhos terão com o ambiente natural. Alguns usam a própria natureza como parte de suas esculturas, outros seus elementos, mas todos, com certeza, a levaram em conta no momento em que pensaram suas propostas, com todas suas possíveis dificuldades e potencialidades”, explica Marcelo.
Obra de Marcelo Lago em exposição na Casa de Petrópolis — Foto: Mariana Rocha
O curador ainda ressalta que a exposição é composta tanto por obras que necessitam de ambientes mais fechados e intimistas quanto por outras que se adequam perfeitamente, por exemplo, à grande área aberta central em frente à Casa. E, assim, através de um percurso circular, que começa na entrada do jardim, de onde se tem uma visão geral de todo o arranjo principal, o visitante irá percorrer e descobrir os pequenos recantos do espaço, com esculturas dispostas em locais específicos, de acordo com as suas diferentes dimensões.
A Casa de Petrópolis é uma das maiores atrações turísticas da cidade, tendo sido inclusive cenário para gravações de filmes e novelas. Erguida em 1884, foi residência da família do financista José Tavares Guerra, que também idealizou o projeto do imóvel, construído pelo engenheiro alemão Karl Spangenberger.
Há de destacar ainda que esta foi a primeira construção petropolitana a utilizar a luz elétrica e a ter banheiros dentro de casa. O jardim, do paisagista e botânico Auguste Franços Marie Glaziou, o mesmo projetista dos jardins da Quinta da Boa Vista, ainda conserva seus traçados originais.
- Alexandre Dacosta
- Alexandre Murucci
- Celeida Tostes
- Claudio Partes
- Cristina Salgado
- Deneir
- Denise Campinho
- Dennis Cross
- Felipe Bardy
- Fernanda Lago
- Gardenia Garcia
- Jarbas Paullous
- Lia do Rio
- Marcelo Lago
- Maurício Bentes
- Osvaldo Gaia
- Paulo Campinho
- Paulo Mendes Faria
- Pedro Paulo Domingues
- Priscila Piantanida
- Raimundo Rodriguez
- Roberto Pessôa
- Sonia Xavier
- Suzana Queiroga
- Thiago Rocha Pitta
- Valéria Costa Pinto
Fonte: G1