Os produtores de cafés especiais têm até segunda-feira (7) para participar do IV Concurso de Cafés Especiais do Estado do Rio de Janeiro, que será on-line este ano devido à pandemia da Covid-19. As amostras de cafés especiais devem ser enviadas pelo correio, até segunda. De acordo com a secretaria de Agricultura do estado, as regiões Serrana e Noroeste Fluminense são responsáveis por 99% da produção de café de todo o RJ.
O concurso é realizado pela Associação dos Cafeicultores do Estado do Rio de Janeiro (Ascarj), sempre nos meses de dezembro e janeiro, e conta com o apoio das secretarias estaduais de Agricultura, de Desenvolvimento Econômico e da Emater-Rio.
O objetivo é incentivar no estado a produção de cafés especiais, que são grãos cultivados e colhidos em condições consideradas excepcionais.
As amostras de café enviadas serão submetidas à análise de especialistas, que usarão a metodologia de avaliação sensorial da Specialty Coffee Association (SCA). Utilizado mundialmente, o modelo permite notas mínimas a partir de 80 e máximas de 100 pontos.
O evento principal será no dia 23 de janeiro, com as premiações, leilão virtual dos dez cafés finalistas e rodada de negócios com os melhores produtos selecionados na etapa classificatória.
“Nosso estado tem potencial para ampliar sua produção de café, principalmente dessas safras especiais. A Secretaria de Agricultura vem trabalhando para fomentar essa produção com os recursos do Agrofundo e também oferecendo apoio técnico desde o pequeno ao grande produtor, por meio da Emater-Rio e da Pesagro-Rio. O café do nosso estado é de grande qualidade e ajuda a movimentar a agricultura fluminense”, destaca o secretário de Estado de Agricultura, Marcelo Queiroz.
Ainda de acordo com a secretaria estadual de Agricultura, a produção de cafés no estado do Rio reúne 2.644 cafeicultores, a maioria de pequenos produtores, e gera uma receita anual de R$ 75,8 milhões a partir dos grãos cultivados em solo fluminense.
Da produção estadual, 80% ocorre no Noroeste Fluminense, 19% na Região Serrana e 1% no Vale do Café e em outros municípios. O Rio de Janeiro produz uma média de 400 mil sacas de café por ano.
O produtor Manoel Felipe Medeiros de Faria, de 33 anos, cultiva cafés em Varre-Sai, no Noroeste Fluminense. Ele é o responsável por uma fazenda que está participando do concurso e que recentemente ficou em segundo lugar na categoria Melhor Café Torrado para Expresso em outra competição.
“Minha família sempre foi produtora de café, e há três anos começamos a produção de café especial também. Hoje já conseguimos cafés notáveis e com ótima qualidade. O diferencial do café especial vai desde o plantio, tratos nutricionais, forma de cultivo, pós-colheita, seleção dos grãos, até chegarmos a um nível de excelência da bebida. O prêmio foi uma verdadeira surpresa! Estou com grande expectativa para essa nova disputa e espero ganhar. Acredito que os concursos são uma grande vitrine para mostrar o potencial dos nossos cafés”, aposta o produtor.
Fonte: G1
