Zoo do Rio é reaberto como BioParque, com mais interação com animais e foco na conservação ambiental


Ele está de volta após mais de um ano fechado para obras. Presente na memória afetiva de boa parte dos cariocas, o zoo do Rio reabre na próxima segunda-feira (22) prometendo novidades — incluindo o nome, que agora passa a ser BioParque do Rio — e mais interação entre visitantes e animais num ambiente de preservação ambiental que une educação, pesquisa e conservação. Na quinta-feira (18), representantes do parque e do Grupo Cataratas, que administra o local, além do prefeito Eduardo Paes, participaram da cerimônia de reabertura da atração.

— Será um show de encantamento e de experiência. Os cariocas sentirão orgulho do BioParque ser do Rio, um novo conceito de zoológico com o bem-estar animal em primeiro lugar. É um local de reencontro com memórias afetivas. Todos nós aqui somos protagonistas dessa história de fazer o BioParque acontecer, tendo assim o melhor manejo de fauna do Brasil — disse, orgulhoso, o diretor do BioParque, Manoel Browne.

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Pablo Morbis, presidente do Grupo Cataratas, que administra o BioParque, destacou que, há exatos 76 anos, ocorria a inauguração do zoológico do Rio e ainda apontou a previsão de mais investimentos.

— Nós acreditamos nessa cidade e vamos continuar investindo. Vamos buscar novas parcerias. Hoje nós estamos dando um novo salto, um novo marco após mais de sete décadas. É um presente para a cidade do Rio.

O prefeito Eduardo Paes também esteve na cerimônia e caminhou pelo BioParque após a coletiva, onde chegou a brincar com as cabras da “Fazendinha” e a observar os outros animais. Ele também participou do plantio de um ipê roxo que simbolizou a reabertura do BioParque.

— A sensação é de estarmos num desses parques de primeiro mundo. Nós estamos entregando um espaço com uma super qualidade. Que alegria enorme estar aqui! Na minha infância, eu já comemorei um aniversário aqui, com os meus primos e a minha avó Consuelo.

Grandiosidade do novo projeto impressiona
Grandiosidade do novo projeto impressiona Foto: Infografia

Os ingressos serão vendidos apenas pelo site com preço individual de R$ 39,75, com direito também a meia-entrada a R$ 19,85. Os sócios poderão conhecer o BioParque a partir de sexta-feira, antes do restante do público. O passaporte anual tem custo de R$ 80, podendo o titular incluir até sete dependentes a um valor adicional de R$ 60 por cada e parcelar em até 12 vezes. A adesão é feita em bioparquedorio.com.br.

— A proposta é que o BioParque do Rio trabalhe com espécies associadas a programas de pesquisa para a conservação. O objetivo é passar a ter espécies conforme o Plano de População aprovado por autoridades, no qual cada animal tem um propósito: pesquisa sobre o comportamento, mapeamento genético ou reprodução para a participação de projetos de reinserção de animais à natureza. O parque irá destinar um percentual do valor do ingresso para financiar projetos e bolsas de estudos — diz Browne.

Durante a obra também foram encontrados mais de 50 mil achados arqueológicos que remontam, em sua maioria, o dia a dia de trabalhadores que serviam a Família Imperial no século XIX. Os itens encontrados foram entregues ao Museu Nacional, porém, os visitantes poderão conhecer alguns visitando a exposição permanente que será instalada no Bioparque do Rio. A exposição ocupa uma antiga edificação que previamente serviu de escola para os filhos dos servidores da Corte.

Sem grades após dois anos de reformas

As obras, que levaram quase dois anos, consistiram na retirada das grades e dos confinamentos tradicionais, criando biomas com mais de sete metros de altura e vegetação natural das regiões de cada animal. O zoo promete seguir um rigoroso protocolo de segurança sanitária contra a Covid-19, com higienização diversas vezes ao dia, capacidade reduzida a 20%, posto de triagem para aferição de temperatura e higienização de mãos e calçados. O uso da máscara será obrigatório na visita.

Entre as novas áreas de visitação estão a Vila dos Répteis, com jacarés, cágados e serpentes; o setor Reis da Selva, com leões, onças e tigres; a Ilha dos Primatas, com animais da Amazônia; a Fazendinha; a Savana Africana, com zebras, girafas e hipopótamos; um ambiente imersivo onde será possível conhecer a importância de seres polinizadores; a ala dos carnívoros; e uma área que imita o cerrado brasileiro.

Projeto de ‘enclausuramento inverso’

O projeto inovador do Bioparque do Rio leva a assinatura de João Uchôa, da CICLO Arquitetura. É de sua autoria a concepção, com modelo de enclausuramento inverso. Em vez de grades e jaulas, os animais são integrados ao ambiente, com as barreiras naturais. Os visitantes poderão caminhar por túneis, corredores e passarelas, com uma nova experiência.

A partir de segunda-feira, o BioParque do Rio funcionará, diariamente, das 9h às 17h, com última entrada ao circuito de visitação às 16h.

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Fonte: G1