Três pescadores estão desaparecidos após entrarem em alto-mar na Praia da Barra, na Zona Oeste do Rio. Os amigos Everaldo Rodrigues, conhecido como Cica, Pablo Henrique Santos e Marcelo Silva embarcaram na Praia do Amor, ponto comum de partida para as pescarias, no início da manhã de quarta-feira, dia 13. As famílias dos pescadores dizem que desde as 15h não conseguem contato com a embarcação.
De acordo com Eraldo Barboza, pai de Pablo, o filho e os amigos têm experiência em pesca e saem do mesmo local pelo menos três vezes na semana. Na rotina, eles entram no mar antes das 6h da manhã, percorrem 40 milhas, até o ponto de pesca, e começam o trajeto de retorno por volta das 15h. Às 16h, é de costume que estejam em terra firme, sempre antes de anoitecer.
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Na quarta-feira, o último contato feito com a embarcação foi por volta das 15h, através de um amigo, também pescador.
— O compadre do Pablo falou com ele às 15h. E parou de funcionar o rádio. Pode ter sido o motor, ter dado uma falha, não sei. O Compadre dele voltou para o barco, foi atrás, mas não encontrou. Ele falou que o mar estava manso, estava só com correnteza — conta Eraldo.
Segundo as famílias, na manhã desta quinta-feira, dia 14, a Marinha do Brasil iniciou as buscas pela embarcação. Por meio de nota, o Comando do 1° Distrito Naval (Com1ºDN) informou ter sido comunicado, na madrugada, “do desaparecimento da embarcação “Ressaca I” a aproximadamente 60km da orla da Barra da Tijuca”.
O Salvamar Sueste, responsável por Operações de Busca e Salvamento (SAR) no mar, faz buscas e emitiu um aviso por rádio para as embarcações próximas. De acordo com a Marinha, as condições meteorológicas indicavam possibilidade de ventos fortes na região até as 9h de quarta-feira, mas não havia registro de existência de condições adversas para a navegação durante esta madrugada”.
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Desde a noite, pescadores também estariam mobilizados à procura dos amigos, disse Eraldo:
— Os amigos com barcos entraram (no mar) de madrugada. Tem uns grupos de pescadores que vão para o mar e estão buscando também, ajudando.
Edileuza Rodrigues Martins, irmã de Everaldo, conta que os amigos têm o hábito de voltarem para casa no fim da tarde. Eles vão para alto mar para pescar com arpão. Ela conta que o irmão se preocupa com a família e que a falta de notícias tem preocupado a todos.
— Eu perdi minha mãe há cinco meses com Covid. E meu irmão Everaldo fica toda hora ligando, preocupado com a filha que tá lá em casa, com meu pai. Eu não acredito que possa ter sido brincadeira não. Isso foi sério mesmo — disse Edileuza. — Ele sempre gostou de aventuras, sempre foi bom nadador, bom pescador.
Fonte: G1