Trem do Samba volta neste sábado, ainda com restrições, e leva shows a Oswaldo Cruz


Ele está de volta. Depois de três anos sem circular, o Trem do Samba volta neste sábado em uma edição especial de comemoração, mas com restrições. Seguindo a tradição, ele sairá da Central do Brasil às 18h04, mesmo horário em que Paulo da Portela seguia para Oswaldo Cruz há mais 80 anos com seus companheiros de samba. Dessa vez, ele será reservado às velhas guardas das escolas de samba, à corte do carnaval e a convidados. O público que seguir para o local do evento em Oswaldo Cruz poderá embarcar nos trens da grade regular. Serão três palcos e 15 rodas de samba, com apresentações de Dudu Nobre, Leci Brandão, Moacyr Luz e Juninho Timbáu, entre outros.

— A gente queria da forma como era, mas entendemos a pandemia e a responsabilidade com a vida humana. Respeitando toda a tradição da ancestralidade africana, teremos as velhas guardas. O sambista como protagonista, o verdadeiro dono da festa. O grande barato é esse. O trem do samba é um símbolo da cidade — orgulha-se o idealizador e responsável pelo evento, Marquinhos de Oswaldo Cruz.

Durante o evento, as pessoas que estiverem usando a máscara de proteção mais bonita e criativa serão chamadas no palco. Uma forma de incentivar o uso do item obrigatório que protege contra a Covid.

— Vai ser muito divertido, respeitando o que precisa ser respeitado. E para quem não puder estar presente, faremos uma transmissão da roda de samba das velhas guardas pela internet — diz Marquinhos.

Marquinhos e Dudu Nobre são algumas das atrações deste sábado
Marquinhos e Dudu Nobre são algumas das atrações deste sábado Foto: Divulgação

A SuperVia informou que quem estiver na Central do Brasil poderá contar com os trens dos ramais Santa Cruz e Japeri. O valor da tarifa é R$ 5. Os horários da grade regular podem ser consultados nas estações, na seção “Planeje Sua Viagem” (disponível no aplicativo e no site www.supervia.com.br), ou por meio do 0800 726 9494. O projeto terá, segundo a concessionária, o apoio de patrocinadores para manter a “tradição de apoiar movimentos culturais como este” num momento de “atenções voltadas para a melhoria da qualidade da sua operação, a garantia da segurança de seus passageiros e as negociações no âmbito do processo de recuperação judicial”.

Para o próximo ano, a organização do evento espera poder voltar a lotar os trens rumo a Oswaldo Cruz, com “todo mundo aglomerado”.

— Estamos muitos felizes por poder reencontrar o nosso povo de volta. Sentimos falta daquele calor humano, das vozes, dos coros, das alegrias, dos abraços, das emoções, das lagrimas de alegria e felicidade. Esse será o Trem do Recomeço, de uma nova era, da celebração da vida. E em 2022 a gente volta com a corda toda, com a energia boa acumulada nesses anos — celebra o sambista.

O projeto tem o apoio da Prefeitura do Rio, através da Secretaria Municipal de Cultura, e do Sebrae RJ. A realização fica por conta da Rede Carioca de Rodas de Samba com produção da MMachado Promoções. Para acesso ao Trem do Samba, é obrigatória a apresentação, na hora do embarque, do comprovante de vacinação.

Componentes da Portela no Trem do Samba
Componentes da Portela no Trem do Samba Foto: divulgação

Confira os locais e as apresentações do evento:

Praça Paulo da Portela, na Estrada do Portela: As Matriarcas, Lazir, Pipa Brasey, Velhas Guardas do Salgueiro, da Vila Isabel, do Império Serrano, da Mangueira e da Portela, Tia Surica e Leci Brandão

Rua Átila da Silveira: Moacyr Luz e O samba do trabalhador, Banda Criolice, Marina Iris, Ernesto Pires, Marquinhos de Oswaldo Cruz, Osmar do Breque, Bia Aparecida, Dorina, Mauro Diniz, Didu Nogueira e Jorge Simas, Debinha Ramos, Noca da Portela e Zé Luiz do Império

Rua João Vicente (estação de trem): Dudu Nobre, Marcelinho Moreira, Tania Machado, Roberto Serrão, Chico Alves, Nina Rosa, Aldo Ribeiro, Juninho Timbáu, Marquinhos Satã, Gabrielzinho e Marquinho Diniz

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Fonte: G1