Rio retoma vacinação nesta quarta-feira; veja quem recebe o imunizante até o fim da semana


RIO — Após receber, na tarde desta terça-feira, mais de 262 mil doses de vacinas, sendo apenas 81 mil para aplicação de primeiras doses, a cidade do Rio retoma nesta quarta o calendário de vacinação contra a Covid-19 que estava paralisado desde o fim da semana passada por falta dos imunizantes. Pela manhã serão vacinados hoje, na capital, mulheres de 34 anos. Pela tarde, será a vez dos homens. Para finalizar o grupo de 30 anos com a meta de 90% de cobertura com primeira dose será preciso receber até 4 de agosto mais 438 mil doses somente na capital.

Procurado o Ministério da Saúde não informou quantas vacinas estão previstas para serem distribuídas ainda nesta semana ao Rio ou quando uma nova remessa será enviada.

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Nas redes, o prefeito Eduardo Paes (PSD), defendeu que o Ministério da Saúde vacine idosos de todo o país com uma terceira dose da vacina contra a Covid-19 ainda neste ano. O chefe do executivo municipal pediu que o ministro Marcelo Queiroga faça uma resolução incluindo uma terceira dosagem no cronograma de imunização já a partir de setembro.

O Plano Nacional de Imunização (PNI) não tem um estudo para que idosos sejam imunizados uma terceira vez. Apesar disso, no último calendário divulgado pela Prefeitura do Rio já existe a previsão da aplicação da terceira dose em idosos a partir de outubro. Apesar de ainda não estar autorizada, a prefeitura defende que haja um planejamento já feito para ser colocado em prática logo que possível.

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A solicitação do prefeito aconteceu após o governo federal anunciar que gestantes e puérperas – mulheres que deram à luz há menos de 45 dias – que foram imunizadas com a primeira dose da AstraZeneca poderão receber um imunizante diferente na segunda aplicação. O Rio já vinha adotando essa medida antes e chegou a ser criticado por Queiroga por ter decidido realizar a aplicação sem a autorização do PNI.

Nesta terça, o ministério se reuniu com diversos secretário de Saúde de todo o país para discutir, entre outros assuntos, a redução do intervalo da segunda dose da vacina da Pfizer de três meses para 21 dias, que consta na bula do imunizante. Ficou decidido que a mudança só será analisada após todos com mais de 18 anos terem recebido a primeira dose.

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O prazo menor entre as duas doses seria uma maneira de tentar conter o avanço da variante Delta da doença, que já causou mortes no estado do Rio e é apontada por especialistas como mais contagiosa. Na reunião também ficou decidido que haverá uma compensação gradual dos quantitativos de vacina enviadas de forma “complementar” para cidades e estados que receberam mais doses por serem de fronteira, por exemplo. Na semana passada o Rio, estado com mais casos da varainte Delta, pediu um aumento no quantitativo de doses para o Ministério por causa da nova cepa. O pedido ainda é analisado e será tema de reuniões nesta quarta-feira em Brasília.





Fonte: G1