Mais 365 mil doses de vacina da Pfizer chegaram ao Rio de Janeiro neste fim de semana. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), os imunizantes foram entregues pelo Ministério da Saúde na noite de sábado, dia 4, e no domingo, dia 5, à Coordenação Geral de Armazenagem (CGA) da pasta. A remessa é destinada à primeira e à segunda doses do esquema vacinal. Nesta segunda-feira, dia 6, de acordo com a SES, estão sendo entregues os lotes para as cidades que fazem a retirada do imunizante: Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, Maricá, Itaboraí e Volta Redonda.
Apesar da nova remessa, o calendário de vacinação contra a Covid-19 de adolescentes ainda não será retomado na capital. Das 141.348 doses retiradas pela Secretaria municipal de Saúde (SMS) na central do Estado nesta segunda-feira, apenas 35.832 são para primeira dose. Para retomar o calendário, são necessárias, no mínimo, 48 mil.
“A SMS aguarda nova remessa da Pfizer, em quantidade suficiente, para vacinação desse público. A expectativa é de que as vacinas cheguem a tempo para a retomada na quinta-feira, dia 9”, informou a pasta, em nota. Não há previsão da chegada de novas doses.
A campanha para essa faixa etária foi suspensa na última semana por falta de doses. A vacina da Pfizer é o único imunizante autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicação em menores de idade. Na madrugada de sexta-feira, dia 3, o município recebeu 86,6 mil doses, remessa apenas suficiente para a distribuição da segunda dose durante a próxima semana, ainda segundo a SMS.
Por outro lado, a aplicação da segunda dose da CoronaVac, que estava suspensa desde quinta-feira, foi retomada neste sábado. Neste fim de semana, a secretaria estadual informou ter recebido 547.800 doses do lote 202108113H, interditado pela Anvisa por ter sido envasado numa fábrica da China que não passou pelo processo de inspeção da agência. O número corresponde a 64% das 858.800 doses recebidas pela SES nesta sexta, dia 3, uma das maiores remessas do imunizante do Butantan.
As cidades que receberam vacinas foram orientadas a não usá-las, o que pode afetar a distribuição da segunda dose da CoronaVac nesses municípios nos próximos dias. Segundo o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, a possível aplicação de alguma dessas doses, caso já tenha acontecido, não é motivo para pânico.
No estado, 89% dos casos são da variante Delta
A última rodada de análises realizada pela SES, por meio da Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde (SVAPS), revelou que 89,18% das amostras eram da variante Delta e 10,82%, da variante Gamma. Para o levantamento, o programa de vigilância genômica da Covid usou 370 amostras coletadas entre 4 e 16 de agosto. Petrópolis confirmou que três mortes de pacientes que estavam internados na rede pública nesse período foram pela Delta.
A prefeitura da cidade informou que, dos cinco casos de Delta detectados pelo estudo, um era de uma paciente de 19 anos, moradora do Chácara Flora, a qual teve alta e passa bem; outro de uma mulher de 59 anos, moradora de Corrêas, que ainda está internada em leito clínico, apresentando quadro estável; e os demais foram os três casos de idosos com 90, 78 e 73 anos, todos com comorbidades, que foram a óbito.

Fonte: G1