‘Reage, Rio!’ terá debates com participação de Eduardo Paes para tratar dos desafios da cidade em meio à pandemia


No mês em que o Rio de Janeiro completa 456 anos e vive sob o impacto da pandemia do novo coronavírus, o “Reage, Rio!”, realizado pelos jornais EXTRA e O Globo, com o apoio de Rio de Mãos Dadas e Fecomércio RJ, coloca em debate os desafios para a recuperação da cidade. O evento terá início hoje, às 9h30, com uma entrevista com o prefeito Eduardo Paes. Em seguida, haverá dois debates com especialistas em economia, cultura, gastronomia, óleo e gás, saúde, educação, segurança e urbanismo. Os encontros on-line serão transmitidos nos sites e nas redes sociais dos jornais EXTRA e O Globo. A programação completa está disponível no site oglobo.com.br/projetos/reagerio.

Para Eduardo Paes, que vai falar sobre os planos para a recuperação da cidade e as medidas restritivas que terão início a partir do próximo dia 26, o Rio deverá retomar o caminho do crescimento.

Prefeito do Rio, Eduuardo Paes
Prefeito do Rio, Eduuardo Paes

— Os desafios são grandes, o momento é difícil, mas esta cidade tem uma potencialidade enorme, uma capacidade enorme de transformar, de dar a volta por cima e, acima de tudo, de otimismo — afirma o prefeito, que será entrevistado por Flávia Barbosa, editora executiva dos jornais EXTRA e O Globo.

Diretor de Redação do Globo, Alan Gripp destaca que o “Reage, Rio!” levanta propostas que podem efetivamente ajudar a cidade:

— Após um ano de pandemia, os desafios agora são muito maiores para o Rio de Janeiro. Precisamos debater questões como vacinação, sistema de saúde, funcionamento das escolas, soluções para o comércio e para o setor cultural.

O diretor de Redação do Extra, Humberto Tziolas, reforça a importância do debate:

— Num momento em que há tantas informações desencontradas, esse tipo de discussão é ainda mais importante. Juntos conseguimos encontrar soluções para enfrentarmos os problemas do Rio, que só foram agravados pela pandemia.

Após a entrevista com o prefeito, é a vez do debate “A retomada da economia — Óleo e gás, turismo e cultura”, às 10h30, com participação de Clarissa Lins, presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP); Claudio Frischtak, economista; Danni Camilo, gestora de alimentos e bebidas e membro do conselho do Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro (SindRio); Eduardo Barata, presidente da Associação de Produtores de Teatro do Rio (APTR); e Roberto Medina, fundador e presidente do Rock in Rio. A mediação será de Luciana Rodrigues, editora de Economia.

Participantes do debate sobre a retomada da economia: Clarissa Lins, presidente do IBP; o economista Claudio Frischtak; Danni Camilo, do SindRio; Eduardo Barata, presidente da Associação de Produtores de Teatro do Rio; e Roberto Medina, fundador e presidente do Rock in Rio
Participantes do debate sobre a retomada da economia: Clarissa Lins, presidente do IBP; o economista Claudio Frischtak; Danni Camilo, do SindRio; Eduardo Barata, presidente da Associação de Produtores de Teatro do Rio; e Roberto Medina, fundador e presidente do Rock in Rio

Segundo Medina, neste período de pandemia, é preciso planejar o futuro com ações para atrair receitas e turistas para a cidade na volta à normalidade:

— O Rio tem duas riquezas. A primeira é o petróleo, que precisa ser extraído e é finito. A outra é a beira-mar da cidade, que tem enorme potencial para ser aproveitado infinitamente. Só temos que nos preparar acendendo a luz e abrindo a bilheteria para receber os visitantes. Para isso, é preciso planejar uma ação integrada de divulgação, envolvendo Ministério do Turismo, Embratur e secretarias de Turismo do estado e do município.

Um investimento de R$ 200 milhões, afirma o presidente do Rock in Rio, poderia gerar até 20% a mais de receita com o turismo no pós-pandemia:

— Potencial existe. Antes da Covid-19, estudos mostravam que o turismo gerava R$ 20 bilhões para o Estado do Rio, dos quais R$ 7 bilhões apenas com o réveillon e o carnaval. Enquanto isso, os brasileiros deixavam R$ 78 bilhões no exterior.

A segunda mesa, às 13h30, cujo tema é “Foco no Social — Educação, saúde, segurança e qualidade de vida”, contará com as participações de Claudia Costin, diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ceipe); Ilona Szabó, cofundadora e presidente do Instituto Igaparé; Jailson de Souza e Silva, fundador do Observatório de Favelas e diretor geral do Instituto Maria e João Aleixo; Margareth Dalcomo, pneumologista, professora e pesquisadora da Fiocruz; e Washington Fajardo, secretário municipal de Planejamento Urbano. A mediação será de Rodrigo Gomes, editor executivo do EXTRA.

Claudia Costin antecipa que vai tratar dos desafios da educação pública da cidade tanto agora quanto depois da pandemia. Ela destaca que o Rio tem, historicamente, uma vocação para o desenvolvimento cultural e científico:

— O Rio é a sede de instituições de pesquisas tradicionais e de qualidade. Aqui, ficam, por exemplo, a Fiocruz e a Coppe. A questão é que depois de a cidade registrar avanços importantes na educação pública, isso não aconteceu nos últimos anos. A pandemia agravou a situação. A MultiRio, por exemplo, poderia ter sido mais utilizada para produzir conteúdos que fossem aproveitados pelos estudantes à distância. O desafio é recuperar o tempo perdido.

Washington Fajardo, que articula com a Câmara de Vereadores do Rio a modernização do Plano Diretor e mudanças na legislação urbanística do Rio, observa que, no passado, doenças e pandemias estimularam renovações urbanas:

— Evitar a propagação de doenças pautou o zoneamento das cidades. Isso influenciou planos de ocupação de lugares como Frankfurt, Nova York e Atenas. No mundo atual, a pandemia mostrou que precisamos ter uma legislação mais flexível que permita diversos usos conforme a demanda, como na área expandida do Centro do Rio, incluindo Cidade Nova e São Cristóvão.

Segundo Leonardo André, diretor de projetos especiais da Editora Globo, o “Reage, Rio!” é um movimento de mobilização da sociedade:

— Nesta primeira edição de 2021, reunimos um time de peso para discutir o cenário atual, do ponto de vista econômico e social. É um dos projetos que mais nos orgulha. Todos nós, realizadores e patrocinadores, acreditamos que o Rio merece fazer jus ao título de Cidade Maravilhosa.





Fonte: G1