PM salva bebê de engasgamento em Bangu, e relembra situação vivida com o filho: ‘Passou um filme’


Com apenas cinco dias, Benício viveu um dos momentos mais difícil do seu pouco tempo de vida. Na noite de domingo, enquanto mamava no peito da mãe, o menino se engasgou e não conseguia respirar. Desesperado, o pai do recém-nascido, Jefferson, saiu com a criança para buscar ajuda e encontrou uma equipe do 14ºBPM (Bangu) na localidade do Catiri, em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Um policial realizou a manobra de Heimlich, procedimento usado para desobstrução das vias aéreas superiores, no primeiro socorro ao garoto, e logo o levou para ser socorrido ao Hospital Municipal Albert Schweitzer, onde ele recebeu atendimento e foi liberado.

O que essa família não imaginava é que o herói do pequeno Benício vivenciou algo semelhante há 19 anos. O Sargento Medeiros, de 39 anos, viu o seu filho, Guilherme, então com sete meses, se engasgar com o leite materno. Na época, ainda longe da PM e sem treinamento de primeiros-socorros, o agente não conseguiu ajudar o seu filho, uma tarefa que coube ao seu pai. Por isso, quando viu Benício na mesma situação, viu um filme passar na cabeça, mas manteve a calma.

— Quando peguei o Benício no colo, só lembrei do meu filho. Foi como se um filme passasse na minha cabeça. Na época, eu não tive capacidade de fazer o procedimento e o meu pai que fez. Agora, naquele momento, eu pedi muito a Deus que me ajudasse a ter tranquilidade para fazer a técnica, que ajudou o neném, tão pequeno. O pai estava desesperado. Dentro da viatura, ele só falava “ajuda meu filho”, “salva o meu filho” — diz o policial ao EXTRA.

O cabo Soresini com o pequeno Benício no colo e a família do menino
O cabo Soresini com o pequeno Benício no colo e a família do menino Foto: Divulgação / PMERJ

Há 12 anos na PM, o sargento Medeiros nunca tinha realizado o procedimento em um bebê. Acostumado a ajudar no resgate de vítimas de acidentes e demais ocorrências, viveu uma noite que jamais vai esquecer. Depois de ajudar a levar o pequeno Benício ao hospital e salvá-lo, ele foi visitar a criança ao lado de dois dos três companheiros que faziam o patrulhamento com ele, o sargento Santos e o cabo Soresini.

— Foi uma situação atípica. Estou acostumado com outros tipos de ocorrência. Mas mantive a calma e a tranquilidade para ajudar nesse caso. Conseguiu aplicar a técnica que aprendi na minha formação. Quando o Benício voltou a respirar um pouco, embarcamos direto para o hospital. Levamos só cinco minutos do local até a unidade e continuei fazendo a massagem no peito dele. Fico aliviado e feliz que o Benício está bem. Foi um grande susto — diz.





Fonte: G1