A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (8), a Operação Embuste, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa envolvida em fraudes bancárias eletrônicas e lavagem de dinheiro. O grupo, segundo as investigações, movimentou ao menos R$ 5 milhões em um ano, utilizando métodos sofisticados para invadir contas e transferir valores de forma ilícita.
Foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e outros cinco de busca e apreensão em diferentes bairros das Zonas Oeste e Norte da cidade, como Recreio dos Bandeirantes, Pilares, Cavalcanti, Vaz Lobo e Sampaio. A operação visa desestruturar o esquema criminoso, recuperar valores desviados e coletar mais provas para o inquérito.
Como os criminosos aplicavam a fraude bancária?
A investigação, conduzida pela Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos da PF no Rio, começou em 2024 e revelou um esquema bem articulado. Os golpistas conseguiam dados das vítimas, entrando em contato direto com elas ou com os bancos. A partir dessas informações, habilitavam novos dispositivos nos cadastros das contas e passavam a controlar os acessos via internet banking e aplicativos.
Com o domínio das contas, eram feitas transferências, saques e movimentações financeiras para ocultar a origem ilícita dos valores. A prática se caracteriza como furto mediante fraude eletrônica, e fazia parte de uma estratégia de lavagem de dinheiro para disfarçar o destino final dos recursos.
De acordo com a Polícia Federal, os envolvidos vão responder por organização criminosa, furto eletrônico qualificado e lavagem de dinheiro. As penas, somadas, podem chegar a 26 anos de reclusão. A operação segue em andamento e outras acusações podem surgir conforme o avanço da apuração.
A PF segue rastreando o caminho do dinheiro e buscando a identificação de possíveis comparsas e laranjas utilizados para movimentar os recursos desviados.
Tupi.FM