Pedalada reúne mil participantes em protesto por morte de ciclista atropelado no Recreio


Uma pedalada realizada na manhã deste sábado no Recreio reuniu mil participantes em protesto pela morte do ciclista Claudio Leite da Silva, de 57 anos, atropelado por um motorista bêbado por volta das 5h40 da última segunda-feira. Após o percurso, que partiu da Praça Tim Maia, no Posto 11 e seguiu até o local onde ocorreu o acidente, na altura do Posto 10, foi feito um minuto de silêncio, em homenagem a Claudio e aos demais ciclistas e pedestres que perderam a vida no trânsito do Rio de Janeiro.

– Infelizmente, temos que aproveitar essas tragédias para ter voz. Lugar de bicileta é na via pública, está no Código de Transito Brasileiro. Um ciclista esportista foi morto no palco do circuito olímpico no Rio de Janeiro. Somos os elos mais frágeis, a maior pandemia é a violencia no trânsito, que não tem vacina prevista. É um problema de comportamento. As pessoas precisam ter respeito na via pública – afirma Raphael Pazos, fundador da Comissão de Segurança no Ciclismo do Rio de Janeiro.

O taxista aposentado Cláudio Leite da Silva, de 57 anos, morreu após ser atropelado por um carro
O taxista aposentado Cláudio Leite da Silva, de 57 anos, morreu após ser atropelado por um carro Foto: Arquivo pessoal

Taxista aposentado, Claudio tinha o hábito de pedalar diariamente pela via. Ele estava em uma bicicleta de fibra de carbono e pedalava sozinho no momento em que foi atingido. O motorista — identificado horas depois como João Maurício Correia Passos, de 36 anos, e capitão do Corpo de Bombeiros — fugiu, mas foi preso numa rua do bairro, a cerca de dois quilômetros do local do acidente. Segundo testemunhas, o atropelador estava bebendo em um bar, que fica dentro de um posto de conveniência, na Avenida Glaucio Gil a poucos metros de onde aconteceu o acidente. Antes de atropelar o ciclista, ele bateu em uma Kombi e no meio-fio.

— No posto de combustível (da Gláucio Gil), (eles disseram) que a pessoa que saiu no HB20 preto estava bebendo muito e chegou a derramar uma garrafa de uísque no chão e teria comprado outra. Existe uma garrafa de uísque dentro do carro. Além disso, as testemunhas falaram que ele teria saído de lá catando pneus. Ao deixar o posto, jogou em cima de uma Kombi. Para não bater no veículo, acabou acidentando o cilcista — contou o advogado Everton Jordão, que mora em um prédio próximo ao acidente.





Fonte: G1