A partir de outubro, quem passar pelo Parque Lage (RJ) vai poder conferir a obra que o grafiteiro brasileiro Mundano e o grafiteiro coreano Leodav vão produzir em uma parede temporária de 12m2. Intitulado “Sobreviver”, o grafite vai exibir uma floresta devastada pelo fogo e animais sob risco ou que já estão em extinção, tanto da fauna brasileira quanto da fauna coreana.
A inciativa do projeto é do Centro Cultural Coreano no Brasil (CCCB) com o apoio do Departamento de Cultura do Estado do Rio, da Escola de Artes Visuais do Parque Lage e do Ministério do Meio Ambiente da Coreia. A exposição da obra (até o dia 11 de novembro) é para promover o encontro do G20, que este ano acontece na cidade do Rio de Janeiro.
O G20 é um fórum de cooperação econômica internacional formado por 19 países, entre nações desenvolvidas e emergentes, e que tem o objetivo de fortalecer a economia internacional e a discussão de temas para o desenvolvimento socioeconômico global, como comércio internacional, agricultura, fontes de energia e meio ambiente. Para este ano, o tema do encontro é “Construindo um mundo justo e um planeta sustentável”.
Os artistas – Leodav começou sua carreira de grafiteiro na década de 1990, sendo um dos primeiros a desenvolver esta arte na Coreia do Sul. Além de colecionar diferentes prêmios, como o K-Hiphop Awards, o reconhecimento do seu trabalho lhe rendeu uma aparição como artista de grafite na série “La Casa de Papel”, da Netflix. Seu nome é uma abreviação de Leonardo da Vinci, simbolizando desejo de renascimento para a cultura do grafite na Coreia do Sul.
Nascido em São Paulo, Mundano é um ativista e grafiteiro reconhecido internacionalmente pela defesa do meio ambiente e dos direitos humanos, por meio da sua arte, produzida tanto em espaço públicos como em mais de 320 carroças de catadores de materiais recicláveis. Com sua forma de expressão autodenominada “paporreto”, tem no seu currículo algumas exposições internacionais, além de também já ter vencido diferentes premiações.