não há previsão de novas doses de Astrazeneca, em falta nos postos do Rio


A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou, neste sábado, que não há, até o momento, informação sobre a chegada de novas doses do imunizante Astrazeneca do Rio de Janeiro. Nos últimos dias, os postos da capital fluminense começaram a enfrentar a escassez de doses tanto para a primeira quanto para a segunda dose da vacina contra a Covid-19. A Secretaria municipal de Saúde informou que o estoque de Astrazeneca da cidade está no final, como era previsto devido ao comunicado da Fiocruz sobre atraso na entrega do insumo.

Ainda de acordo com a SES, já foram realizadas mais de 40 operações de distribuição, totalizando 22.403.486 doses entregues de forma equânime e proporcional, de acordo com a população adulta de cada município estabelecida pelo Ministério da Saúde. Especificamente do imunizante Astrazeneca, foram distribuídas 4.758.090 doses destinadas à primeira etapa do esquema vacinal e 4.043.240 para a segunda. Esclarece ainda que mantém uma logística de distribuição para que, em no máximo 48 horas, após o recebimento, as doses cheguem aos 92 municípios.

Apesar disso, de acordo com o secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, o fim das doses de Astrazeneca não deve atrasar os que precisam completar o esquema vacinal, uma vez que o estoque e o cronograma de novas entregas do imunizante da Pfizer bastam, segundo ele, para suprir a demanda de segunda dose da cidade.

Na falta da AstraZeneca, postos estão aplicando segunda dose com a Pfizer
Na falta da AstraZeneca, postos estão aplicando segunda dose com a Pfizer Foto: Agência Globo

A SES já havia publicado, no último dia 16 de agosto, nota técnica autorizando a intercambialidade de vacinas, o que no caso só deve ser realizado pelos municípios caso ocorra de fato a falta da vacina. Além disso, de acordo com a SES, não há doses de vacina contra Covid-19 em estoque na Central Geral de Armazenagem (CGA).

Polícias Civil e Militar suspendem vacinação

A falta de AstraZeneca também está sendo sentida nas polícias Civil e Militar, que, apesar da decisão da SES de autorizar a combinação, comunicaram a seus agentes que a imunização com a segunda dose da vacina realizada nos batalhões está suspensa no momento. A informação consta nos boletins internos das corporações desta última quinta-feira. Nenhum dos comunicados traz previsão de retomada.

Segundo o informativo da PM, a paralisação se dá “devido à não chegada dos insumos na Secretaria Estadual de Saúde”. A corporação diz que os agentes que já estiverem na data para completar o esquema vacinal podem buscar por atendimento em postos de saúde fora dos batalhões, e que seja apresentado o comprovante.

Vacinação de agentes das Forças de Segurança começou em abril nos Batalhões
Vacinação de agentes das Forças de Segurança começou em abril nos Batalhões Foto: Fábio Rossi / Arquivo / Agência O Globo

Situação epidemiológica da cidade

Embora a variante Delta corresponda a 95,8% dos casos de Covid-19 no Rio de Janeiro, a cidade registra queda nos indicadores da pandemia, provocada, na avaliação da prefeitura, pela vacinação. A Secretaria municipal de Saúde atribui o panorama às próprias características da nova linhagem, que no Rio, segundo a pasta, causou quadros mais leves do que as outras cepas, apesar de ser mais transmissível.

Nesse novo contexto, o município resolveu descer o nível de alerta em algumas Regiões Administrativas (RAs) de alto para moderado. Além disso, a prefeitura publicou no Diário Oficial um decreto que mantém as medidas restritivas em vigor na cidade, mas reduz o distanciamento obrigatório em academias, lojas e pontos turísticos. O novo documento, em vigor a partir de ontem, é válido até o dia 20 de setembro. O texto ainda cita a solicitação para a realização de eventos-teste.

Whatsapp





Fonte: G1