Na Zona Oeste do Rio, prefeitura planeja terminar ou criar 34 trechos de ciclovias


Os planos da Prefeitura do Rio de ampliar a rede de ciclovias na cidade têm como um dos principais desafios a Zona Oeste. Lá, a prefeitura planeja complementar ou construir 34 novos traçados, Na construção do BRT Transoeste (entre Pingo D’água e Guaratiba), por exemplo, foi implantada uma ciclovia na faixa lateral, seguindo o o traçado os ônibus. Mas, em alguns trechos, a demarcação no piso desapareceu e está encoberta por mato. A conservação é melhor no entorno do terminal do Mato Alto. Mas, como em Jacarepaguá, há postes na pista, atrapalhando os ciclistas: são pelo menos 13 no entorno da estação.

— Queria usar mais a bicicleta. Ajudaria a manter a forma. Mas já me furtaram uma quando estava no trabalho. Faltam biciclétaios e outras estrutura para apoiar os ciclistas— diz a empregada doméstica Shirley de Conceição de Souza, de 34 anos, moradora do Pingo D’água.

Em Santa Cruz, uma ciclovia na Avenida João XXIII faz a conexão dos conjuntos e loteamentos dos bairros ao Hospital Pedro II (Rua do Prado) às vizinhanças da Companhia Siderúrgica Ternium (ex-CSA). A pista, porém, é muito estreita. Há problemas de manutenção: em partes da via, pedaços de concreto (que originalmente serviam para evitar que carros invadam a ciclovia) obstruem o espaço para os ciclistas.

— Não é possível usar a ciclovia. Prefiro pedalar na calçada. Deixaram um espaço muito pequeno para os ciclistas passarem. Já vi acidentes e pessoas caindo. Deveriam repensar o projeto — relata a professora Carolina Patrícia, de 33 anos.

Ciclovia na Rua Xavier Marques, em Campo Grande: marcação no asfalto sumiu
Ciclovia na Rua Xavier Marques, em Campo Grande: marcação no asfalto sumiu Foto: ROBERTO MOREYRA / Agência O Globo

No município, o cuidado com as ciclovias é dividido por vários órgãos. A Secretaria de Conservação é responsável pela manutenção da malha existente. Em nota, o órgão diz que tem feito reparos nos pisos. O órgão não divulgou quanto já foi gasto este ano porque a manutenção das ciclovias está integrado nos contratos de conservação da cidade. A ideia no futuro é que as ciclovias ganhem um contrato específico.

‘’Estão sendo feitas vistorias a fim de levantar e quantificar os serviços necessários pra futuro contrato de manutenção das ciclovias’’, diz um trecho da nota.

Por sua vez. o secretário municipal de Meio Ambiente (SMAC), Eduardo Cavaliere, diz que o governo atual tem estimulado o uso da bicicleta, apoiando, por exemplo, passeios ciclísticos entre outras atividades que servem também como estímulo para o uso de bicicletas.

— No que cabe à SMAC, temos uma gerência de mobilidade susntentável que a direção é de uma ciclista militante. CET-Rio e outros órgão prestam apoio aos ciclistas em passeios noturnos e em rotas estabelecidas para a cidade. Também criamos espaços de treinamento no Parque Madureira e no Parque Radical de Deodoro. São formas de ajudar na educação no trânsito e de estimular o uso de bicicletas— acrescentou.





Fonte: G1