Na rede municipal de ensino do Rio, adesão ao retorno às aulas é irregular


As aulas presenciais da rede municipal de ensino do Rio estavam programadas para serem retomadas nessa terça-feira para os 61 mil alunos que cursam o 9º ano do ensino fundamental, o último ano do Programa de Educação de Jovens e Adultos (Peja) e o Carioca 2 (projeto de correção de fluxo para adolescentes entre 14 e 16 anos). Mas a adesão à volta às aulas foi irregular na rede. Em algumas unidades, nenhum aluno voltou à escola. Outras unidades nem sequer foram reabertas.

Em Ricardo de Albuquerce, a Escola Municipal Coelho Neto, que sedia um núcleo do Programa Orquestra nas Escolas e mantém aulas regulares de música, teve boa adesão. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (SME), 45 alunos foram à aula considerando os turnos da manhã e da tarde. Na entrada, temperatura medida, dispenser de álcool gel e oferta de máscaras. Os estudantes receberam lanches embalados individualmente. “Neste primeiro dia de retorno das aulas presenciais durante a pandemia, as atividades foram de acolhimento, para reinserir os alunos no ambiente escolar e apresentar a eles a nova rotina”, informou a SME.

Já a Escola Municipal Jesus Soares, em Campo Grande, não só não retomou as aulas presenciais como interrompeu as que vinham sendo oferecidas online para os alunos. A unidade informou aos responsáveis que, por conta de uma obra que ainda não foi concluída, não está apta a cumprir as regras de ouro da Vigilância Sanitária. A direção disse, no entanto, que a prefeitura exige a presença de todos os professores e, por isso, não terá como manter as atividades pela internet.

“Os professores estarão na escola, e nossa internet nem sempre funciona de acordo para os professores estarem on-line”, diz trecho do comunicado da escola para grupo de responsáveis, acrescentando que os docentes enviarão atividades semanais aos alunos pelos aplicativos Teams e WhatsApp.

A Secretaria de Educação negou a informação de que não haveria aulas nessa unidade e disse que os alunos podem ser recebidos em unidade anexa.

Já a Escola Doutor Nelcy Noronha, também em Campo Grande, reabriu os portões ontem, apesar do consenso entre os responsáveis, segundo a direção, de não levar os estudantes à unidade.

No Engenho de Dentro, Zona Norte, a adesão dos estudantes foi baixa na Escola Municipal Edgard Sussekind de Mendonça. Segundo a direção, dos 40 alunos do 9º ano, só três voltaram, assinando o termo de responsabilidade.





Fonte: G1