MPRJ denuncia traficantes por ocultação de cadáver e homicídio no Quitungo


O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou, nesta sexta-feira (11), quatro integrantes do tráfico de drogas da comunidade do Quitungo, em Brás de Pina, Zona Norte do Rio. Eles foram acusados pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e roubo.

A investigação aponta que a execução foi determinada por um “tribunal do tráfico”, estrutura informal usada por facções criminosas para julgar e punir supostos informantes.

Foram denunciados Thiago do Nascimento Mendes, conhecido como Belão e apontado como chefe do tráfico local, além de Carlos Augusto Mateus Oliveira, Vitor da Conceição Campos e Gabriel da Silva Fabiano. A região é dominada pela facção Comando Vermelho.

De acordo com a denúncia, em dezembro de 2024, três dos acusados invadiram a casa da vítima, amordaçaram o homem com fita crepe, amarraram seus pulsos e o levaram enrolado em um lençol, sob a acusação de que ele seria um informante da polícia. Durante a ação, a companheira da vítima também foi ameaçada e fotografada como forma de intimidação. Os criminosos ainda roubaram todos os móveis da residência.

No dia seguinte, o imóvel foi completamente esvaziado por traficantes e logo em seguida foi alugado novamente. O corpo da vítima ainda não foi encontrado pelas autoridades.

Belão foi preso em agosto de 2024 durante uma operação da Polícia Civil, ao lado de outros dois suspeitos de envolvimento com o tráfico na região da Penha: Ruan Alexander Ramos Andrade, conhecido como Mais Alto, e Luís Felipe Senna Gonçalves, o Magrão.



Tupi.FM