Mourão comenta novo recorde no desmatamento: “Péssimo, horroroso”



Após dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelarem que os números do desmatamento para o mês de abril deste ano foram os maiores da série histórica, alcançando surpreendentes 1.013 km² de mata desflorestada, o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) veio à público comentar mais este recorde negativo do governo Bolsonaro.

“[Os números foram] Péssimos, horrorosos. Estamos vendo aí onde estamos errando.”, lamentou o general da reserva em referência à pesquisa divulgada na última sextqa-feira (6).

Presidente do Conselho Nacional da Amazônia, Mourão atribuiu a culpa aos ministérios gestores de agências e órgãos ambientais como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

“Estamos com ações, como a Operação Guardiões do Bioma, que é uma operação conjunta do Ministério do Meio Ambiente e do Ministério da Justiça. Então, tem que ver com eles onde é que está tendo uma falha.”, sustentou o atual vice-presidente.

Segundo dados do Inpe, o desmatamento segue concentrado nos estados do Amazonas (34,2%), Pará (28,3%) e Mato Grosso (23,8%). Ainda de acordo com o órgão, o desflorestamento na região também bateu recorde no primeiro trimestre de 2022, alcançando surpreendentes 941,3 km² desmatados ao longo do período.

Os quatro primeiros meses do ano costumam ser de muita chuva na Amazônia, dificultando a atividade de grupos de extrativismo ilegal. Ainda assim, os dados para abril deste ano representam um aumento de 74% em relação aos 581 km² desflorestados na região em abril do ano passado.

“Os maiores índices de abril foram lá no estado do Amazonas, naquela região do sul do Amazonas, uma região um pouco complicado, ao longo da BR-230, Humaitá, Apuí, então tem que ver o que está havendo e onde é que nós estamos errando.”, ressaltou o vice-presidente.



Fonte: O São Gonçalo