Mostras ‘Um dedo de arte’ e ‘Alto do Boa Vista’ estarão em exposição no ECC



O universo pop, surreal e futurista do artista visual Diego Moura ganha as paredes do Espaço Cultural Correios, no Centro de Niterói, a partir deste sábado (07), com a mostra “Um dedo de arte: do digital ao orgânico”. Com uma forte identidade artística construída através de uma técnica inovadora que combina o estudo digital de cores e formas com a produção orgânica de telas, Moura pretende hipnotizar o público com trabalhos inéditos, em que pela primeira vez apresenta sua vertente futurista, com duas obras da série “Carnaval”. 

“Essa exposição tem um sabor de maturidade do meu fazer artístico. Durante o período de isolamento, por causa da pandemia, me aprofundei nos estudos sobre o futurismo e com base nas minhas memórias dentro do carnaval, passei a imaginar como seria a minha folia momesca quando todo aquele momento de tensão se arrefecesse. Uma curiosidade é que a maior tela da mostra, “Festa das Cores”, com dois metros de largura e um metro e meio de comprimento, foi completamente pintada esse ano, dentro de uma residência artística que fiz na própria cidade”, conta Diego Moura.   

Morador de Niterói, Moura tem bons motivos para celebrar a sua fase artística. Depois de iniciar o ano com uma exposição apenas com suas obras digitais, no Centro Cultural Paschoal Carlos Magno, no Campo de São Bento, ele retorna a um espaço cultural da cidade, agora com o foco na apresentação das obras orgânicas:

“Tenho muito orgulho de ser reconhecido como um artista de Niterói. Essa é uma terra de tantos talentos em diferentes vertentes da arte, que fico verdadeiramente agradecido com todo esse carinho que os niteroienses têm me dado. A minha primeira mostra do ano foi aqui na cidade e o legal é que agora o público vai poder conhecer minhas obras orgânicas. Quero levar os visitantes a um passeio por minhas fases artísticas, com obras que carregam a estética Pop, Surrealista, Cubista e Futurista. Em todas elas, uso o lúdico como ponto de partida para refletirmos sobre a nossa realidade”.

Com curadoria de Angelina Accetta, a mostra tem como foco despertar no espectador experiências ilógicas desafiando a compreensão que será sentida através dos traços expressivos, com um acentuado teor de extravagância:

“O Diego Moura traz em seu trabalho uma leitura contemporânea sobre a sociedade e os sentimentos que habitam diferentes espaços e contextos sociais neste início de século. Tudo isso construído com a tecnologia como uma das ferramentas de arte. O trabalho do artista é reconhecido pela mídia, por fazer o uso do celular e de aplicativos digitais, para criar os esboços das artes, que posteriormente podem ser reproduzidas por ele em telas de algodão. E é o resultado de todo esse processo que estará disponível nesta mostra”, destaca Angelina Accetta.

A curadora ainda acrescenta que entre as 19 telas apresentadas na mostra, além das duas exclusivas sobre o carnaval, Moura também apresentará uma obra inédita da fase cubista e outras três da série Pop Art, que ganhou destaque internacional, em 2016, quando a cantora Lady Gaga comentou no Twitter que tinha amado o trabalho do niteroiense e que gostaria de comprar a arte que ele fez em sua homenagem.

“A obra de Diego está inteiramente contida na sequência de experiências perceptivas que o espectador vive e pode reviver indefinidamente no decorrer do diálogo estético. A sua obra somente existe com a condição de ser frequentada, sentida, explorada, experimentada e vivida”, analisa Angelina Accetta.

Eduardo Moura une arquitetura e natureza em telas sofisticadas e de grande impacto

A exposição “Alto da Boa Vista”, do artista visual Eduardo Moura, apresenta um conjunto de obras que desenvolve a relação entre a natureza e a arquitetura de uma geografia especial do Rio de Janeiro: o bairro do Alto da Boa Vista.

Localizado no topo da área geológica do Maciço da Tijuca, o Alto da Boa Vista divide a cidade do Rio de Janeiro em Zona Sul, Zona Norte, Zona Oeste e Central, tendo como principais locais de interesse o Cristo Redentor, a Gávea Pequena e a Vista Chinesa.

É em torno dessa confluência que gira a obra de Eduardo Moura. Designer de formação e Artista Plástico por vocação, Moura enfoca o período mais exuberante da Cidade do Rio de Janeiro, notadamente as décadas de 1940 e 1950, nesta região, com o encontro poético de prédios de arquitetura moderna com a natureza vigorosa com suas folhagens e uma extensa paleta de cor verde.

O olhar e inspiração de Eduardo Moura se traduz em obras em tinta acrílica sobre tela de médios e pequenos formatos.

Serviço

“Um dedo de arte – do digital ao orgânico” – Diego Moura

Curadoria: Angelina Accetta

Abertura: 07 de maio das 13h às 17h

Visitação: até 18 de junho de 2022

De segunda a sexta das 11h às 18h, sábados das 13h às 17h Exceto feriados. A entrada é franca.

Espaço Cultural Correios Niterói

Av. Visconde do Rio Branco, 481, Centro – Niterói (em frente à estação das Barcas).

“Alto da Boa Vista” – Eduardo Moura

Curadoria: Rodrigo Pedrosa

Abertura: 07 de maio das 13h às 17h

Visitação: até 18 de junho de 2022

De segunda a sexta das 11h às 18h, sábados das 13h às 17h Exceto feriados. A entrada é franca.

Espaço Cultural Correios Niterói

Av. Visconde do Rio Branco, 481, Centro – Niterói (em frente à estação das Barcas).



Fonte: O São Gonçalo