O Ministério da Saúde anunciou um importante avanço no tratamento da hemofilia infantil. A pasta mobilizou profissionais de saúde em todo o país para apoiar a ampliação do uso do medicamento Emicizumabe no Sistema Único de Saúde (SUS), voltado agora para crianças de 0 a 6 anos com hemofilia A.
No Rio de Janeiro, o evento ocorreu no Hemorio, reunindo profissionais de saúde, associações de pacientes e representantes do governo estadual. A mobilização também aconteceu em Pernambuco, Ceará, Paraná, Pará, Bahia e no Distrito Federal, reforçando o compromisso do SUS com o cuidado integral e a equidade no atendimento infantil.
Como o novo tratamento muda a vida das crianças?
O Emicizumabe já é fornecido pelo SUS para outras faixas etárias e agora poderá beneficiar mais de mil crianças em todo o Brasil.
Segundo o Ministério da Saúde, o medicamento pode reduzir em mais de 90% os episódios de sangramento, diminuir hospitalizações e prevenir sequelas articulares, proporcionando mais conforto, segurança e qualidade de vida às crianças e suas famílias.
O tratamento é aplicado por via subcutânea, uma vez por semana, substituindo as frequentes aplicações intravenosas do Fator VIII recombinante, que exigiam punções dolorosas e visitas constantes ao hospital.


Como está o processo de incorporação ao SUS?
A proposta de ampliação foi analisada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), que já emitiu um parecer preliminar favorável.
Durante a consulta pública, entidades de pacientes e a sociedade civil manifestaram apoio à medida, destacando os benefícios clínicos e sociais do medicamento.
O parecer final da Conitec está previsto para novembro, e a expectativa é de que o Emicizumabe seja oficialmente incorporado ao tratamento infantil ainda este ano.
Compromisso com inovação e equidade no SUS
De acordo com o Ministério da Saúde, a iniciativa representa um marco no cuidado de crianças com doenças raras e reafirma o compromisso do SUS com a inovação terapêutica e a inclusão social.
A mobilização nacional mostra que o país está preparado para adotar tratamentos modernos e menos invasivos, ampliando o acesso à saúde e promovendo igualdade de oportunidades desde a infância.
Tupi.FM


