Várias pessoas aproveitavam a terça-feira de sol no Canal do Rio Morto, que fica entre a Praia da Macumba e a Prainha, próximo à Praia do Secreto, no Recreio dos Bandeirantes quando foram surpreendidas por uma onda que “varreu” as pedras e arrastou muita gente para o mar. Rapidamente, os salva vidas atuaram no resgate e solicitaram reforço dos quartéis próximos e grupamentos especializados. A maioria das pessoas conseguiu sair ou ser retirada da água, mas um menino de 7 anos segue desaparecido.
Início das buscas: Criança de 7 anos desaparece no mar no Recreio dos Bandeirantes
Estupro e cárcere privado: Justiça mantém prisão de padrasto preso por estuprar a enteada de 11 anos
O Corpo de Bombeiros montou uma força tarefa nas buscas pela criança durante toda a tarde e início da noite desta terça-feira, com 34 militares, duas aeronaves, quatro moto aquáticas, duas ambulâncias, cinco mergulhadores, três embarcações e 5 viaturas. No final da noite e início da madrugada, as buscas no mar foram interrompidas, mas continuaram por terra. De acordo com o coronel Leandro Monteiro, comandante-geral do Corpo de Bombeiros, assim que o dia amanhecer, às 6h da manhã, todas as equipes voltam a atuar nas buscas com o objetivo de encontrar o menino.
‘Quase botou a gente no fundo’, diz pescador após ser surpreendido por baleia jubarte na costa do Rio
Além da criança, um homem e uma mulher também não conseguiram sair do mar após serem arrastados pela onda. Suzete de Oliveira, de 55 anos, foi encontrada por um guarda-vidas que fazia buscas usando uma moto aquática. Ela já estava desacordada, boiando no mar, após ingerir muita água. Com o apoio de um helicóptero do grupamento aéreo, Suzete foi resgatada e socorrida para o Hospital Miguel Couto, no Leblon. O estado de saúde dela, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, é grave.
Enquanto realizava o salvamento de Suzete, o guarda-vidas avistou um homem sendo jogado pelas ondas na direção das pedras, correndo grave risco de vida. Era Guilherme de Oliveira, de 20 anos. O guarda-vidas tentou se aproximar com a moto aquática, mas vendo que não conseguiria decidiu abandonar o equipamento e mergulhar para resgatar Guilherme. O socorro também contou com a ajuda de um helicóptero. Após Guilherme ser retirado da água, a saturação de oxigênio dele estava muito baixa. Os bombeiros utilizaram um suporte de oxigênio para estabilizar a vítima, que foi então encaminhada para o Hospital Municipal Lourenço Jorge. O estado de saúde de Guilherme de Oliveira é estável.
Aparelho apreendido: Celular de Filipe Ret, investigado por tráfico, terá trocas de mensagens, fotos e vídeos periciados
O comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Leandro Monteiro, reforçou a importância de investir em equipamentos e principalmente no treinamento dos guarda-vidas:
— Os guarda-vidas trabalham o ano inteiro, não só no verão. A gente tem investido em trajes, embarcações, moto aquática, mas o principal equipamento do guarda-vidas é o preparo físico dele e a capacidade de tomar decisões. Para isso eles precisam ser valorizados. Nesse resgate de hoje, esse guarda-vida abandonou o equipamento e colocou a vida dele em risco para salvar a vida de outra pessoa — afirmou o comandante, que contou que a moto aquática utilizada pelo profissional foi lançada contra as pedras e precisou ser retirada por uma escavadeira.
Reboques e multas: Detran e polícia farão quatro operações por dia até o próximo domingo contra motos sem placa
O coronel também reforçou a importância das pessoas ficarem atentas às sinalizações de risco feitas com bandeiras nas praias e orientou que, em caso de dúvidas, procurem os guarda-vidas para saber se o local é seguro. Segundo ele, apesar de ser muito frequentada, a região do Canal do Rio Morto pode oferecer riscos aos visitantes.
Fonte: Portal G1