Menina de 5 anos é segunda criança morta por bala perdida neste ano

Só nesse ano, a plataforma Fogo Cruzado contabilizou 4 crianças menores de 12 anos baleadas. Desse total, duas crianças foram mortas. A primeira vítima, Kevin Lucas dos Santos Silva, de 6 anos, estava no quintal de casa quando foi atingido no tórax, no dia 6 de janeiro. Na ocasião, outras duas crianças foram baleadas e sobreviveram. A menina Esther Vitória de Melo Pires, de 5 anos, foi morta após ser baleada na cabeça nesta quarta-feira (20) na comunidade do Carvão, em Itaguaí. Esther será sepultada nesta quinta-feira.

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Desde 2007, a Rio de Paz já somou 89 crianças mortas por bala perdida no Rio de Janeiro. Agora, Esther entrou para essa triste estatística e terá seu nome incluído no memorial a céu aberto que a organização mantém na Lagoa.

Memorial a céu aberto mostra nomes de crianças mortas por bala perdida na Lagoa
Memorial a céu aberto mostra nomes de crianças mortas por bala perdida na Lagoa Foto: Divulgação/ Rio de Paz / Divulgação/ Rio de Paz

Quando Esther foi levada para o Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste, os médicos disseram para a família que ela só tinha 10% de chance de sobreviver. A equipe médica ainda tentou fazer uma transfusão de sangue no final da noite, mas não resistiu.

A menina Esther Vitória, de 5 anos
A menina Esther Vitória, de 5 anos Foto: Reprodução

No fim da noite desta quarta-feira (20), Policiais militares e civis prenderam um homem suspeito de ter feito o disparo que atingiu na cabeça da menina Esther. Segundo parentes, Esther Vitória de Melo Pires estava sendo levada a pé para casa por uma tia, que cria a criança, quando criminosos numa moto passaram atirando. O suspeito, identificado pela polícia pelo apelido Pivete, foi capturado na Comunidade do Engenho, também em Itaguaí.

De acordo com o site G1, o homem foi identificado como Caio Cezar Barbosa e confessou o crime após ser levado para a 50ª DP (Itaguaí). Em depoimento, disse que atua no tráfico de drogas na favela do Carvão e que teria teria errado o alvo de uma facção rival quando acertou a criança.

“Caio relata que teria efetuado o disparo não para atingir a criança, mas um algoz que estava na comunidade e que seria egresso da outra facção. Além da prisão dele, conseguimos identificar este elemento que estava na comunidade e prendê-lo, e a arma usada por Caio para efetuar o disparo”, afirmou o delegado Marcos Santana Gomes, titular da 50ª DP, responsável pelo caso ao site g1.

Segundo o g1, o rival que entrou na comunidade do Carvão também foi preso. O homem foi encontrado amarrado em uma área de mata com a arma usada no crime. As investigações indicam que traficantes deixaram a arma no local com o intuito de incriminar Carlos no lugar do Pivete.

Fonte: Portal G1