Máscaras de tricô: a tendência que traz riscos e não protege contra o Covid



O uso das máscaras de tricô vem se tornando uma tendência entre as blogueiras, influenciadoras e até mesmo atrizes. Com estilo, cores diferentes e formatos dinâmicos, essas máscaras vêm chamando a atenção, mas, elas não são eficazes quando se trata de proteger contra o coronavírus. 

Segundo especialistas, as máscaras recomendadas são as de algodão, de flanela e de poliéster, por exemplo. As máscaras de tricô possuem pequenos buracos, que é por onde podem passar as gotículas de saliva e de espirros das pessoas contaminadas com o vírus. A máscara de algodão serve justamente para proteger as áreas da boca e do nariz para evitar essa contaminação.

Um dos casos mais famosos que mostram a não-eficácia das máscaras de tricô foi o da influenciadora Fabiana Justus, filha de Roberto Justus, que relatou, em seu Instagram, em novembro, que estava contaminada pelo Covid e ela especulou que a máscara de tricô (a qual tinha o costume de usar) podia ter sido a responsável ou, pelo menos, ter ajudado em sua contaminação.

“Até então, eu estava usando máscaras cirúrgicas, mas inventei semana passada de usar as de tricô, que são lindas, super estilosas. Não tô dizendo que não são eficientes, mas tenho usado elas desde a semana passada e agora [que pegou Covid] não sei o quanto ela protege”, disse a empresária em seu relato.

Além dela, a influenciadora Gabriela Sales, mais conhecida como Rica de Marre, alertou seus mais de 3,8 milhões de seguidores no Instagram sobre o uso da máscara de tricô. Ela contou que o equipamento de proteção foi proibido em um avião no qual ela estava embarcando, pois foi afirmado que a máscara de tricô não protegia as pessoas do vírus. 

A atriz americana Alyssa Milano, de 47 anos, também foi criticada ao postar uma foto usando uma máscara de tricô em uma foto com seus filhos e marido em maio deste ano. Na época, ela chegou a afirmar que por baixo de sua máscara de tricô havia um filtro de carvão ativado que protegia do vírus, mas seus fãs não acreditaram nessa história e informaram que mesmo o filtro também não protege do vírus.

Para alertar sobre o tema, a prefeitura de Niterói informou, em seu Facebook, que, para maior proteção, é necessário o uso das máscaras de algodão com, pelo menos, duas camadas do material. “Considerada bonita e com estilo por algumas pessoas, a máscara de tricot não possui nenhuma proteção contra a Covid-19 em função da porosidade do tecido. O índice de proteção de máscaras caseiras varia de acordo com a trama de cada tecido. Quanto menos poroso, maior a proteção e por isso as de algodão com duas camadas são as melhores opções entre as máscaras caseiras. Lembre-se sempre também de trocar de máscara de duas a quatro horas, dependendo da umidificação e sempre cubra nariz e boca. É preciso retirá-las pelas alças, nunca tocá-las na frente e sempre lavar as mãos ao manipulá-la. Faça sua parte contra a Covid-19 e vamos salvar vidas”, dizia o post do órgão em questão postado ontem (14).



Fonte: O São Gonçalo