Manifestação pede ampliação do atendimento cirúrgico a bebês com doenças cardíacas


Cerca de 150 pessoas participaram, na manhã de sábado, de uma carreata na orla da Zona Sul do Rio para cobrar a ampliação do atendimento cirúrgico a bebês que nasceram com cardiopatias. Organizada pela Sociedade de Pediatria do Estado do Rio (Soperj) e com apoio do Centro Pediátrico da Lagoa, do grupo Prontobaby, a manifestação também chamou atenção para a necessidade de exames como o ecocardiograma fetal, que permite identificar problemas no coração do bebê antes do nascimento.

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Profissionais de saúde, os Doutores da Alegria do Centro Pediátrico da Lagoa e famílias com crianças com cardiopatia congênita se reuniram no Parque dos Patins, na Lagoa, e seguiram, por volta das 10h, em direção ao Leblon. De lá, seguiram para o Leme. No ano passado, cerca de dois mil bebês nasceram no Rio com problemas cardíacos. No entanto, por falta de diagnóstico precoce ou cirurgia, 6% deles morrerão antes de completar um ano de vida.

Doutores da Alegria participaram da carreata
Doutores da Alegria participaram da carreata Foto: Divulgação

— Muitas dessas crianças podem ter diagnóstico ainda dentro do útero pelo exame não invasivo de ecocardiograma fetal. O conhecimento da população sobre esse exame pode salvar muitos bebês com cardiopatias muito complexas e que necessitam de algum tratamento logo após o nascimento. Além disso, a carreata pode mobilizar a opinião pública para que o governo, em todas as esferas, realize maiores investimentos no diagnóstico, tratamento e acompanhamento dessas crianças — diz o cirurgião Denoel Marcelino de Oliveira, do Centro Pediátrico da Lagoa, que realiza cerca de 100 cirurgias por ano.

O profissional de saúde acrescenta que também é importante conscientizar sobre o teste do coraçãozinho, uma avaliação não-invasiva, feita na maternidade, em poucos minutos.

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Segundo a médica Talita Nolasco Loureiro, do Departamento de Cardiologia Pediátrica da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio (Soperj), é preciso também chamar a atenção para a falta de leitos cirúrgicos. Ela estima que tenham sido feitas no ano passado cerca de 500 cirurgias, quando seriam necessárias cerca de 1.300 para atender os recém-nascidos e crianças com até um ano de idade.

Carreata percorreu orla da Zona Sul neste sábado
Carreata percorreu orla da Zona Sul neste sábado Foto: Divulgação

Para a médica, a pandemia pode ter agravado ainda mais o problema. Segundo ela, de 1 a 2% dos bebês que nascem com cardiopatias congênitas precisam ser operados com urgência. Os demais precisam sofrer intervenção no primeiro ano de vida, em cirurgias consideradas eletivas:

— Como as cirurgias eletivas foram suspensas durante alguns períodos por causa da Covid, estes bebês podem-te tido atraso ou até mesmo não terem feito as operações que precisam.

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Fonte: G1