Uma mancha escura que apareceu no mar da Barra da Tijuca, próximo à Praia do Pepê, está gerando preocupação entre moradores, banhistas e autoridades. Para apurar as causas e consequências do fenômeno, o presidente da Câmara Municipal do Rio, Carlo Caiado, anunciou a convocação de uma audiência pública.
O objetivo é identificar se a anomalia tem origem em vazamentos de esgoto, desequilíbrios ambientais ou se está ligada a processos naturais das lagoas da região.
Qual o impacto da mancha escura nas praias da Barra?
A suspeita sobre a qualidade da água levou o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) a coletar amostras no local. De acordo com o órgão, foi encontrada uma alta concentração de matéria orgânica, ultrapassando os limites determinados pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
Como resultado, três trechos da orla foram considerados impróprios para banho: o Quebra-Mar (em frente à Rua Sargento João de Faria), em frente ao 2º Grupamento de Bombeiros (GBM), e nas proximidades do Riviera Country Club. As demais praias das zonas Sul e Oeste do Rio seguem liberadas para mergulho.
O que dizem os técnicos e a empresa responsável?
Segundo análise preliminar do Inea, o surgimento da mancha pode estar relacionado a variações naturais da maré, sem indícios claros de riscos à saúde pública. Apesar disso, a empresa Iguá Saneamento, responsável pelo sistema hídrico da região, declarou que está conduzindo uma investigação própria sobre o caso.
A empresa também destacou que iniciou, há um ano, a dragagem do complexo lagunar da Barra e de Jacarepaguá — obra que deve ser concluída apenas em 2027.
A audiência pública convocada pela Câmara poderá ser um passo decisivo para esclarecer a origem da mancha e reforçar políticas ambientais mais rigorosas para preservar o litoral carioca.
Tupi.FM