Jô Soares: Saiba as informações sobre o velório e funeral do artista

O velório de Jô Soares aconteceu nesta sexta-feira (5), na capital paulista, em uma cerimônia restrita a familiares e amigos próximos. O ator estava internado desde junho para tratar de uma pneumonia no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, porém, a causa da morte ainda não foi confirmada. 

O casal formado pela atriz Regina Braga e o médico Drauzio Varella foi o primeiro a chegar no evento. Famosos como Bete Coelho, o casal de jornalistas Daiana Garbin e Tiago Leifert, o maestro João Carlos e a cantora Zélia Duncan – que é casada com Flávia Pedras (ex-mulher de Jô) – também estiveram no velório. O corpo de humorista será cremado na cidade de Mauá, na Região Metropolitana de São Paulo.  

Zélia chegou ao local aos prantos, e levou diversos quadros com fotos do artista que seriam usadas na cerimônia. João Carlos, amigo íntimo de Jô, também se emocionou ao falar sobre a amizade dos dois. “Deus criou uma fórmula, essa fórmula chama-se Jô Soares. Só que, infelizmente, Deus rasgou essa fórmula, e dificilmente o Brasil terá novamente um Jô Soares na vida. Nossa amizade era muito grande. Hoje de manhã eu sofri muito quando eu soube da morte dele”, frisou o maestro. 

José Eugénio Soares foi um dos grandes nomes da televisão brasileira carregando o humor e a simpatia em todos os lugares em que trabalhou. 

Tudo o que fiz e tudo o que faço sempre tem como base o humor. Desde que nasci, desde sempre. Jô Soares

 

O jornal O SÃO GONÇALO, em memória do artista, deseja relembrar um pouco da sua carreira. 

História e carreira: 

Filho do empresário Orlando Heitor Soares e da dona de casa Mercedes Leal Soares, ele nasceu no Rio de Janeiro em 16 de janeiro de 1938. Ficou por lá até os seus 12 anos, quando se mudou para a Suíça. E foi nesse tempo que Jô descobriu seu amor pela arte. 

Aos 17 anos, quando voltou ao Brasil, iniciou a carreira na dramaturgia e, em pouco tempo, começou a aparecer nas telas. Participou de filmes, como “Rei do movimento” (1954), “De pernas pro ar” (1956) e “Pé na tábua” (1957). Se destacou principalmente pela atuação em “O homem do Sputnik”, de 1959.

Jô Soares e Oscarito no filme “Homem do Sputnik” (1959).

Jô Soares e Oscarito no filme “Homem do Sputnik” (1959). |  Foto: Divulgação

 

Seu início na televisão aconteceu em 1958, quando escrevia para “TV Mistério”. Participou dos programas “Noite de Gala” e “Noites cariocas” que eram exibidos na TV Rio. Também atuou e escreveu em programas de humor da TV Continental. 

Trabalhou por anos na TV Tupi até que mudou-se para São Paulo e entrou para a Record. Lá, protagonizou e escreveu diversas atrações, como “La reuve chic”, “Jô show”, “Praça da alegria”, “Quadra de azes, “Show do dia 7” e “A família Trapo”. 

Tempo em que trabalhava na Record (1969)

Tempo em que trabalhava na Record (1969) |  Foto: Divulgação

 

Até que em 1970 foi para a Globo onde estreou no programa “Faça humor, não faça guerra”, participando depois de diversas exibições da emissora – revezando no cargo de roteirista e ator. 

Em 1987, foi para o SBT apresentar o primeiro programa de entrevistas da televisão, “Jô Soares onze e meia”, que contou com mais de 6 mil entrevistas. Em 2000 ele retorna à Globo apresentando o talk show que popularizou o gênero no país, “Programa do Jô”, reconhecido pelo público como um dos maiores programas da TV brasileira. 

Imagem ilustrativa da imagem Jô Soares: Saiba as informações sobre o velório e funeral do artista

 

Esse é apenas um pedaço da incrível carreira do humorista que, além de dramaturgo, também foi escritor de 5 livros. Sendo eles, “O astronauta sem regime” (1983), “O Xangô de Baker Street” (1995), “O homem que matou Getúlio Vargas” (1998), “Assassinatos na Academia Brasileira de Letras” (2005) e “As esganadas” (2011).

Fonte: O São Gonçalo