O perfil oficial de Eweline Passos Rodrigues, a Diaba Loira, continua ativo mesmo após sua morte em confronto entre as facções Terceiro Comando Puro (TCP), a qual era aliada, e Comando Vermelho (CV), nesta quinta-feira (14). As últimas postagens, feitas por um homem que se identifica como seu irmão repercutiram pelas ameaças, críticas e mensagens de despedida.
Segundo ele, não haverá velório nem sepultamento. Em uma das publicações, afirmou que Eweline seria enterrada como indigente.
Ameaças ao Comando Vermelho
Nas mensagens, o suposto irmão ameaçou o Comando Vermelho, facção rival do TCP. Ele prometeu divulgar imagens dos envolvidos no crime e ameaçou: “Enquanto tiver crias haverá guerras. Guerra intensa contra vocês”, disse a mensagem.


Além disso, ele republicou um vídeo do influenciador Malandrex, que havia criticado as escolhas da Diaba Loira. Segundo o criador de conteúdo, Eweline se aliou a pessoas que não eram capazes de garantir sua proteção.
Críticas ao influenciador e novos vídeos
O suposto irmão rebateu as falas de Malandrex: “Tmnc, nem bandido tu é, tu virou blogueiro, se liga, nunca vi puxar uma guerra”, disse. Em novas postagens, o parente da Diaba Loira divulgou vídeos do alto da Rocinha, onde voltou a fazer ameaças e prometeu vingança contra os responsáveis pela execução de Eweline
Neste sábado (16), o irmão também publicou uma mensagem alertando para as consequências da vida no crime.
“O tráfico não é brincadeira pra quem é embalado e quer entrar. Pega a visão, a Eweline tinha família em 2021, em 2022 perdeu todo mundo por causa do tráfico, pega a visão”, disse.
Eweline morava no bairro de Santa Lúcia, em Capivari de baixo, em Santa Catarina. Ela deixou seus filhos com a família e se mudou para o Rio.
A morte
“Diaba Loira” foi encontrada morta a tiros na noite de quinta-feira (14), em Cascadura, Zona Norte do Rio. A traficante, que já integrou o Comando Vermelho (CV) e depois passou para o Terceiro Comando Puro (TCP), acumulava três mandados de prisão e era figura ativa nas redes sociais, onde ostentava armas e desafiava rivais.
Natural de Santa Catarina, Eweline entrou para o crime após sobreviver a uma tentativa de feminicídio em 2022. No Rio, chegou a integrar o CV, mas rompeu após conflitos internos e migrou para o TCP, onde ganhou destaque como integrante da “Tropa do Coelhão”, liderada pelo traficante William Yvens Silva, que é associado ao TCP no Complexo da Serrinha, em Madureira.
Tupi.FM